A história de como me tornei uma trave

segunda-feira, 4 de dezembro de 2006

A história de como me tornei uma trave

No dia do meu aniversário eu ganhei uma camiseta do Palmeiras da minha ex-namorada.

A camiseta é nova e bonita, por isso tomo bastante cuidado com ela.

Só lavo na mão.

Bom, mas como eu tenho uma enorme preguiça de lavar roupa, eu deixei a camiseta no cesto de roupa suja por cerca de 1 mês e meio.

No último domingo resolvi lavá-la. Como o sol estava forte, ela secou em pouco tempo.

Eu ia ao circo com minha atual namorada. Resolvi usar a camiseta do Palmeiras.

Chegamos ao circo, esperamos na fila e nos acomodamos.

O espetáculo estava muito engraçado. Os palhaços eram muito bons.

Após uma apresentação de trapezistas, os palhaços entraram no picadeiro com roupas de jogadores de futebol.

Pegaram uma bola e jogaram na cabeça de integrantes da platéia.

Foi então que um dos palhaços olhou para o Zé Lele (meu bixo que estava sentado ao meu lado) e mandou ele subir no picadeiro.

Eu murmurei no ouvido da Tati (minha namorada): "Sorte que você trocou de lugar com ele". A Tati não gosta de muita interação com os palhaços.

Quando eu ainda falava no ouvido da minha namorada, ouvi o apito do palhaço.

Olhei para frente. O dedo do palhaço apontava para mim.

Fazer o quê? Fui.

Subi. O palhaço mandou que eu ficasse parado. Ele zuou o Palmeiras (isso era óbvio), pegou uma fita crepe e enrolou meu cabelo inteiro (eu estava com rabo de cavalo).

Então ele levou a fita para o outro lado (onde o Zé Lelé se encontrava) e amarrou o bixo.

Fizemos o papel de trave para as criancinhas chutarem a bola.

Sorte que nenhuma bola bateu na trave.

Fiquei parado, suando, amarrado, zuaram meu cabelo, meu time... mas eu gostei!

Segundo a Tati, eles só me chamaram porque eu estava com uma camisa de time de futebol.

Pode ser.

Pelo menos recebi uma salva de palmas e até um reconhecimento público (um tiozão me cumprimentou após o espetáculo "E ae artista!!")

OBS: O circo é o Roda Brasil.