A história de como me tornei Bulhões

sexta-feira, 8 de dezembro de 2006

A história de como me tornei Bulhões


Na verdade, a idéia não é falar só sobre 'Bulhões', mas também de todos os outros nomes e apelidos pelos quais sou e fui chamado nos últimos 20 anos. O legal é que cada nome remete a uma etapa da minha vida ou a um círculo de convívio diferente.

Começaram me chamando de João Ricardo, logo quando nasci. Era o nome do baterista do Secos e Molhados, segundo o meu pai (ainda bem que não me chamo Ney). Meu pai também logo desde cedo acostumou-se a me chamar de Johnny, mas só quando não era pra dar bronca.

No Bom de Bola, escolinha de futebol onde marcava cada golaço, me chamavam de Joãozinho. Outro dia me chamaram por esse nome de novo, na Unesp mesmo, um camarada de Rio Claro.

Na Inglaterra, 1998, era foda. Som nasal não existe lá. E era um tal de 'joáo', 'joe', jou', zôao'. Mas João que é bom, assim certinho, só o professor de música conseguia mandar.

No Brasil de novo, conheci o Mirc. Meu nick: AirJohnny. E a febre desse programinha de bate-papo se espalhou por Rio Claro. Virei AirJohnny, Air, e Johnny de uma vez só. Mas daí venho o MSN, faliu o Mirc, e agora, de verdade, só o Johnny se consolidou, aquele que começou com meu pai lá na minha infância. Mas o engraçado é que anteontem uma amiga de Mirc em uma festa me chamou de Air, e hoje, um amigo também de Mirc me chamou de AirJohnny. Foi nostálgico.

Passei no vestiba, e na faculdade virei Bulhões, graças a uma imitação minha em uma apresentação de trabalho. Pois em Bauru sou Bulhões, em Rio Claro sou Johnny ou Jão.

E ainda tem o Giovanni da minha vó.

Enfim, a questão é que essa história toda é só mais um dos indícios de que a fase adulta está cada vez mais presente, e a infância, cada vez mais pra trás...