Alunos do 3º termo de Jornalismo da UNESP têm aulas de “Língua Portuguesa III: Introdução à Lingüística”.
A professora que deu aula para a minha turma era meio rabugenta, mas eu gostava da matéria e achava que ela ensinava bem, apesar de muitos dizerem que a aula dava sono.
Ela iria dar uma prova sobre um livro que o aluno poderia escolher (havia uma lista de cerca de 12 livros).
Escolhi “O Caso Moral”, de Rubem Fonseca. Como nem eu nem a biblioteca da UNESP tínhamos o livro, tive que comprar (não me arrependi).
A professora também iria dar um trabalho. Escolhi o tema “Esperanto” (aquela língua criada para ser universal).
Como minha tia Isabel e minha avó Maria de Lourdes estudam esperanto (sim, com 82 anos minha avó ainda estuda), elas fizeram a gentileza de enviar o material didático pelo correio.
Eu já tinha lido o livro e o material já havia chegado pelo correio quando aconteceu:
A professora pediu licença.
Ou seja, a matéria foi adiada para o semestre seguinte (este em que me encontro atualmente) e a professora que começou a ministrar essa matéria não daria mais aula para a minha turma.
O professor que a substituiu era esforçado.
Mas era muito cursinho, meio palhaço, enfim...
...eu sei que não é a melhor coisa a ser feita, mas perdi totalmente a vontade de prestar atenção nas aulas.
Tirava um xerox de vez em quando, zuava bastante nas aulas, esse tipo de coisas.
O professor deu uma prova e um trabalho.
O trabalho tinha que ter 8 páginas (eu acho). Enchendo muita lingüiça, eu consegui completar o mínimo necessário.
Faltando 1 dia para a prova eu tirei xerox das folhas do caderno de minha amiga Carol e estudei.
Resumindo: tirei 10.
Não sei se eu dei sorte na prova ou se o professor gostou do título do meu trabalho (um trocadilho com o artigo que ele tinha mandado ler e o nome do professor).
O fato é que eu preferia ter tirado um 7 e ter feito a matéria direito, com uma prova sobre “O Caso Morel” e um trabalho sobre Esperanto (atividades que certamente iriam necessitar de grande reflexão e conseqüente aprendizado), do que ter tirado um dez tendo aprendido pouca coisa.