O mais próximo que já cheguei da anarquia

terça-feira, 15 de agosto de 2006

O mais próximo que já cheguei da anarquia

Show dos Replicantes no SESC Bauru. Quarta-feira. Dia 09/08/2006.

Nada fez muito sentido.

No caminho para o SESC encontrei um cara de uns 35 anos que fazia mestrado em história na UNESP de Assis.

O show começa. Bateria frenética, baixo marcado, vocal gritado, grave e desafinado, guitarra que era só distorção, músicas muito parecidas, letras de revolta e amor.

Adolescentes fazendo bate cabeça. Um típico punk subindo no palco para cantar de 5 em 5 minutos. Cerca de 7 garotos fazendo Mosh (seis seguravam e um pulava).

Uma menina entra dançando no meio do palco e se esfrega no vocalista.

Quando fui beber água a menina estava perto e disse a sua amiga: “Abalei”.

Reiterando: Nada fez sentido.

Mas por isso que foi um bom show.

Um disco de punk não tem sequer 10% da atmosfera, da energia, da revolta de um show de punk.

Antes de tirar qualquer conclusão sobre punk rock, vá a um show genuinamente punk para entender alguma coisa.

Ou melhor, para não entender nada.