Show dos Replicantes no SESC Bauru. Quarta-feira. Dia 09/08/2006.
Nada fez muito sentido.
No caminho para o SESC encontrei um cara de uns 35 anos que fazia mestrado em história na UNESP de Assis.
O show começa. Bateria frenética, baixo marcado, vocal gritado, grave e desafinado, guitarra que era só distorção, músicas muito parecidas, letras de revolta e amor.
Adolescentes fazendo bate cabeça. Um típico punk subindo no palco para cantar de 5 em 5 minutos. Cerca de 7 garotos fazendo Mosh (seis seguravam e um pulava).
Uma menina entra dançando no meio do palco e se esfrega no vocalista.
Quando fui beber água a menina estava perto e disse a sua amiga: “Abalei”.
Reiterando: Nada fez sentido.
Mas por isso que foi um bom show.
Um disco de punk não tem sequer 10% da atmosfera, da energia, da revolta de um show de punk.
Antes de tirar qualquer conclusão sobre punk rock, vá a um show genuinamente punk para entender alguma coisa.
Ou melhor, para não entender nada.