Hay estágio, soy contra

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

Hay estágio, soy contra

Muitos criticam o curso de jornalismo por ser um misto de técnica com teoria, dizendo que isso não é o suficiente para que o estudante adquira o embasamento teórico necessário para fazer um jornalismo emancipador.

É, acho que deveríamos ter mais teoria, mas a prática do curso não é inútil, é boa para criar novos formatos (jabá do Raiz Social novamente), mas não para repetí-los, como acontece de praxe.

Bom, mas esse post é sobre estágio, vamos lá. Como o curso já é dividido entre teoria e prática, não temos tanta teoria quanto um curso de história ou de ciência sociais. Quando você começa a fazer estágio, você tem um contato exagerado com as partes técnicas, com a velocidade da informação, etc... e a faculdade acaba ficando chata de se participar... as aulas parecem mais sonolentas... o legal é a agitação da redação!

Enfim, que o estágio é importante para conseguir um futuro emprego, não há dúvidas. Mas o foda é pensar que você tem que matar tudo o que você faz na faculdade (e que você nunca mais terá tempo e oportunidade de fazer), como estudar por fora, participar de grupos de estudo e fazer jornais ou programas que não têm um chefe-empresa por trás, apenas para ter contatos e não ficar desempregado.

Sem contar que é uma mão-de-obra barata que faz o mesmo trabalho de um jornalista contratado.

Estudemos!
____________________________________________
Metalinguagem: tenho amigos que fazem ou estão loucos para fazerem estágios - desculpem-me pelo post, mas é isso que eu penso. Obviamente, respeito a escolha de vocês e vocês também podem me achar um idiota por pensar assim.