Volto, cansado, e confesso que não tomei banho. Ligo o computador, brinco com a Juju. Sintonizo a TV, que desde cedo já mostra imagens do capitólio. Um negro ia se tornar o homem mais poderoso do mundo às 3 da tarde. Meu irmão chega da prova teórica de trânsito. Rasga o verbo contra a incompetência dos órgãos públicos; aparecera no lugar às 8 e só foi fazer a prova às 10 e pouco, mais de 2 horas em pé na fila.
Troco uma idéia com ele enquanto me alongo no chão da sala. Almoço bem. Da cozinha pro sofá, onde assisto passivamente por umas 2 horas a cerimônia de posse do negro estadunidense, imerso em reflexões sobre hipocrisia, alienação e dominação.
Quando finalmente enjoo, pego a bicicleta e vou à rua para riscar algumas das tarefas da agenda. Paro no meu cabeleireiro e converso sobre Miriam Leitão e o novo presidente estadunidense. Levo a autorização de procedimento médico, compro o remédio na farmácia, onde fico preso por conta de uma chuva de verão. Lá, encontro uma ex-colega de colegial e a minha dentista de longa data - coisas típicas (e boas) de cidade do interior. Passo tempo conversando com o segurança sobre o jogo dos juniores do São Paulo de mais tarde que teria lugar aqui mesmo em Rio Claro.
Em casa, o despertar precoce na manhã começa a fazer efeito: um sono que já me rodeava durante a tarde repentinamente se apodera de todos os meus sentidos. Praticamente desmaio na cama, sem qualquer resistência. Eram oito e meia da noite.
Acordo apenas para comer a pizza do jantar e assistir ao São Paulo ganhar as disputas de penaltis. Sou desafiado pelo meu irmão para uma disputa no xadrez, que prontamente aceito. Ganho jogando tanto com as brancas como com as pretas. Mas os rápidos cheque-mates e alguns movimentos aleatórios comprovam nosso amadorismo e a necessidade de lermos os livros de xadrez que alugamos na biblioteca municipal semana passada.
Começo a leitura de blogs. Mino Carta, Paulo Henrique Amorim, Pedro Doria, Soninha, Sakamoto, Liberal Libertário Libertino.
Resolvo então escrever no meu.