Ensaio Sobre a Cegueira

domingo, 12 de outubro de 2008

Ensaio Sobre a Cegueira


Nunca li o livro, como um bom universitário relapso, mas ontem assisti ao filme no cinema. E fiquei com vontade de ler o livro.

O filme, do nosso tucanão Fernando Meireles (que hoje declarou na Folha que votará no Kassab pra que ele mantenha a "boa equipe do PSDB" na prefeitura de São Paulo), é mais uma daquelas "histórias-metáforas" da sociedade humana. Sabe filmes como Dogville? Assim.

Apesar de bem feito, Ensaio Sobre a Cegueira me tocou menos, muitos menos que, por exemplo, hmm, Dogville. Algumas cenas são bem chocantes, mas, em geral, não passou pela minha cabeça nenhuma frase do tipo "genial!" ou "que interessante!". Até dei aquela pausa antes de me levantar da cadeira, ao término da sessão, pra ver se vinha algo, mas niente. Aliás, sei lá porque estou escrevendo sobre o filme.

Assim que ler o livro, escrevo novamente.

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Ps1: Mas hoje, nas palavras da análise de um amigo feita do livro, captei um ar de genialidade de Saramago ao compor Ensaio Sobre a Cegueira. Segundo esse meu amigo, é interessante ver a força das relações simbólicas para a sobrevivência e avanço do Capitalismo. Basta sumir com um sentido que sustenta essas relações simbólicas - como no caso a tirar a visão -, que o sistema entra em colapso. Não é exatamente assim, mas é mais ou menos isso.

Ps2: Se no filme, de repente, as pessoas passam a ficar cegas, na minha vida real aconteceu algo similar. De repente, me vi daltônico. Na verdade acho que sempre fui, mas descobri há pouco mais de 3 semanas, fazendo este teste aqui. Só consigo ver um mísero número, no quarto círculo. E meu irmão também fez a mesma descoberta, um dia depois de mim!