O estádio estava lotado e nunca me senti tão espremido no Palestra. O motivo foi isso aqui.
Enfim, comprei o meu ingresso, mas devo ter dado algum trocado a mais ou esquecido um cartão de banco no caixa, pois não adquiri a simples oportunidade de assistir o jogo contra o Rio Preto, também ganhei um comentarista de brinde.
Eu não tinha percebido o prêmio extra até poucos minutos antes do início da partida. Quando a torcida foi chegando e o espaço ficou reduzido é que o brinde se posicionou bem atrás de mim, encostando sua pança saliente em minhas costas.
A partida começou. Estávamos bem próximos da torcida Mancha Verde. Os caras não paravam de cantar um segundo, empurrando o time para o ataque. Os lances de gol começaram a surgir. Foi ai que o comentarista brinde começou a dar seus pitacos.
“O Di-di-di-ego Souza está muito su-su-su-mido no jogo. Ele tem que se posicionar melhor. Se continuar assim vai ser di-di-di-fícil fazer gol”.
Quando o brinde (esqueci de dizer que ele era gago) disse isso, um cara da Mancha gritou: “Se é para assistir o jogo, vai lá do outro lado, aqui é para torcer, porra!”.
Mas você acha que ele parou? Nem por um minuto. A cada lance ele fazia sua análise, constatando que o Palmeiras dificilmente faria o gol e que na época dele, já estaria uns 3x0. Com dois de Ademir, e um de Julinho Botelho.
No intervalo, a patrocinadora do Palmeiras fez uma promoção em que um torcedor poderia bater um falta (com goleiro) no campo. Teve um que chutou e a bola quase entrou. Quando isso ocorreu, o nosso amigo comentarista gago fez um "brilhante" comentário e um cara da Mancha gritou: “Mas até na promoção você zica! Eu vou sair daqui!” e saiu de perto, sem paciência.
O segundo tempo começou e, contrariando as previsões do comentarista, o Palmeiras fez 1x0, gol de Valdivia (que depois dançou o "créu", veja abaixo). O gago me abraçou, segurou o meu pescoço, quase me dando uma gravata. Logo em seguida, o empate de cabeça. “O Luís Pereira tiraria essa bola com fa-fa-facilidade”, afirmou nosso amigo.
Com o empate, a torcida ficou apreensiva. O comentarista brinde fez questão de falar. “faltam 15 minutos”, “faltam 10 minutos”, “faltam 5 minutos”, “só faltam 2 minutos, acho que não vai dar, não”.
Mano, quem me conhece sabe que sou uma pessoa calma. Se eu já estava a ponto de mandar esse filho da puta calar a boca e dar um soco na cara dele, imagine a galera da Mancha!
Fim de jogo. Palmeiras 1x1 Rio Preto. Raiva dupla: jogo medíocre e comentarista-brinde-gago-zica. Mas tudo tem o seu lado bom. Quando se tem um blog, a desgraça vira comédia.
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Metalinguagem: sempre que vou ao estádio acontece alguma coisa engraçada.
Eu não tinha percebido o prêmio extra até poucos minutos antes do início da partida. Quando a torcida foi chegando e o espaço ficou reduzido é que o brinde se posicionou bem atrás de mim, encostando sua pança saliente em minhas costas.
A partida começou. Estávamos bem próximos da torcida Mancha Verde. Os caras não paravam de cantar um segundo, empurrando o time para o ataque. Os lances de gol começaram a surgir. Foi ai que o comentarista brinde começou a dar seus pitacos.
“O Di-di-di-ego Souza está muito su-su-su-mido no jogo. Ele tem que se posicionar melhor. Se continuar assim vai ser di-di-di-fícil fazer gol”.
Quando o brinde (esqueci de dizer que ele era gago) disse isso, um cara da Mancha gritou: “Se é para assistir o jogo, vai lá do outro lado, aqui é para torcer, porra!”.
Mas você acha que ele parou? Nem por um minuto. A cada lance ele fazia sua análise, constatando que o Palmeiras dificilmente faria o gol e que na época dele, já estaria uns 3x0. Com dois de Ademir, e um de Julinho Botelho.
No intervalo, a patrocinadora do Palmeiras fez uma promoção em que um torcedor poderia bater um falta (com goleiro) no campo. Teve um que chutou e a bola quase entrou. Quando isso ocorreu, o nosso amigo comentarista gago fez um "brilhante" comentário e um cara da Mancha gritou: “Mas até na promoção você zica! Eu vou sair daqui!” e saiu de perto, sem paciência.
O segundo tempo começou e, contrariando as previsões do comentarista, o Palmeiras fez 1x0, gol de Valdivia (que depois dançou o "créu", veja abaixo). O gago me abraçou, segurou o meu pescoço, quase me dando uma gravata. Logo em seguida, o empate de cabeça. “O Luís Pereira tiraria essa bola com fa-fa-facilidade”, afirmou nosso amigo.
Com o empate, a torcida ficou apreensiva. O comentarista brinde fez questão de falar. “faltam 15 minutos”, “faltam 10 minutos”, “faltam 5 minutos”, “só faltam 2 minutos, acho que não vai dar, não”.
Mano, quem me conhece sabe que sou uma pessoa calma. Se eu já estava a ponto de mandar esse filho da puta calar a boca e dar um soco na cara dele, imagine a galera da Mancha!
Fim de jogo. Palmeiras 1x1 Rio Preto. Raiva dupla: jogo medíocre e comentarista-brinde-gago-zica. Mas tudo tem o seu lado bom. Quando se tem um blog, a desgraça vira comédia.
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Metalinguagem: sempre que vou ao estádio acontece alguma coisa engraçada.