Mercy Zidane: fevereiro 2008

sexta-feira, 29 de fevereiro de 2008

A verdade dita de forma tosca

-É lógico que o cara não vai para a cadeia. Em primeiro lugar, o atropelado é pobre. Em segundo lugar, quem atropelou é rico.

Frase extraída de uma programa de televisão, em matéria sobre o estudante de direito que atropelou um frentista e não foi para a cadeia.

A citação acima expressa a pura realidade que a maioria da mídia tradicional "se esquece" de noticiar. Assim como não cobrem o incêndio em uma favela com o destaque merecido, mas se lembram de dar capas e capas de jornal quando o assunto é o mesmo tipo de incêndio, só que em um prédio de classe média.

O problema é que o autor da frase inicial deste post foi o Datena. E quando não é o Datena, é o cara do Balanço Geral e assim sucetivamente. Eles não fazem uma reportagem profunda. Botam uma cena, falam uma verdade ou outra apenas para o telespectador dizer "é verdade" e mudam para a matéria do menino-peixe ou do cara mais feio do mundo.

E sempre fico com essa sensação: caralho! O cara falou isso na TV! Que louco! Mas eles espremem tudo e passam para o mais bizarro possível. Será que não dá para tratar desses assuntos sem explorar a miséria humana e de modo tão mesquinho?
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Metalinguagem: eu acho que dá. É por isso que acredito no Raiz Social.

segunda-feira, 25 de fevereiro de 2008

Comentarista brinde

No último sábado, fui com meu pai assisir à primeira partida do Palmeiras (cheio de contratações milionárias) no Palestra Itália em 2008, já que o gramado estava em reforma.

O estádio estava lotado e nunca me senti tão espremido no Palestra. O motivo foi isso aqui.

Enfim, comprei o meu ingresso, mas devo ter dado algum trocado a mais ou esquecido um cartão de banco no caixa, pois não adquiri a simples oportunidade de assistir o jogo contra o Rio Preto, também ganhei um comentarista de brinde.

Eu não tinha percebido o prêmio extra até poucos minutos antes do início da partida. Quando a torcida foi chegando e o espaço ficou reduzido é que o brinde se posicionou bem atrás de mim, encostando sua pança saliente em minhas costas.

A partida começou. Estávamos bem próximos da torcida Mancha Verde. Os caras não paravam de cantar um segundo, empurrando o time para o ataque. Os lances de gol começaram a surgir. Foi ai que o comentarista brinde começou a dar seus pitacos.

“O Di-di-di-ego Souza está muito su-su-su-mido no jogo. Ele tem que se posicionar melhor. Se continuar assim vai ser di-di-di-fícil fazer gol”.

Quando o brinde (esqueci de dizer que ele era gago) disse isso, um cara da Mancha gritou: “Se é para assistir o jogo, vai lá do outro lado, aqui é para torcer, porra!”.

Mas você acha que ele parou? Nem por um minuto. A cada lance ele fazia sua análise, constatando que o Palmeiras dificilmente faria o gol e que na época dele, já estaria uns 3x0. Com dois de Ademir, e um de Julinho Botelho.

No intervalo, a patrocinadora do Palmeiras fez uma promoção em que um torcedor poderia bater um falta (com goleiro) no campo. Teve um que chutou e a bola quase entrou. Quando isso ocorreu, o nosso amigo comentarista gago fez um "brilhante" comentário e um cara da Mancha gritou: “Mas até na promoção você zica! Eu vou sair daqui!” e saiu de perto, sem paciência.

O segundo tempo começou e, contrariando as previsões do comentarista, o Palmeiras fez 1x0, gol de Valdivia (que depois dançou o "créu", veja abaixo). O gago me abraçou, segurou o meu pescoço, quase me dando uma gravata. Logo em seguida, o empate de cabeça. “O Luís Pereira tiraria essa bola com fa-fa-facilidade”, afirmou nosso amigo.

Com o empate, a torcida ficou apreensiva. O comentarista brinde fez questão de falar. “faltam 15 minutos”, “faltam 10 minutos”, “faltam 5 minutos”, “só faltam 2 minutos, acho que não vai dar, não”.

Mano, quem me conhece sabe que sou uma pessoa calma. Se eu já estava a ponto de mandar esse filho da puta calar a boca e dar um soco na cara dele, imagine a galera da Mancha!

Fim de jogo. Palmeiras 1x1 Rio Preto. Raiva dupla: jogo medíocre e comentarista-brinde-gago-zica. Mas tudo tem o seu lado bom. Quando se tem um blog, a desgraça vira comédia.
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Metalinguagem: sempre que vou ao estádio acontece alguma coisa engraçada.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Os Mutretas

Depois de encarnar o vocalista esnobe da banda inglesa Oasis, na antológica apresentação no Quinta no Bosque, em uma tarde fria de 2007, volto a me transformar em outro ícone, só que desta vez da música nacional: o lesadíssimo Arnaldo Baptista, da banda Os Mutretas (cover de Os Mutantes).
Os Mutantes, como se sabe, usavam muito ácido, maconha e outras cositas más. Mas o Arnaldo era tão doido que pulou de um prédio. Resultado: ficou mais lesado ainda (acompanhem no vídeo como ele canta estranho hoje em dia).


Numa banda com mais dois integrantes (Russo e Vanessa) por que justo eu seria indicado para ser o Arnaldo, o lesado? Simples, mediocridade técnica para fazer solos de guitarra (lembre-se que o guitarrista dos Mutantes é Sérgio Dias, el mito). Se bem que eu também não me garanto tocando baixo. Se pá, a banda terá que "contratar" um baixista para que eu possa fingir que toco alguma coisa num violãozinho com um som bem baixo.
Comecei a curtir Mutantes quando minha tia Beth me deu a coletânea Millenium da banda. No segundo ano da facul, fiz uma matéria sobre a volta do grupo e comecei a baixar mp3 deles. A partir daí gravei um cd atrás do outro e fiquei cada vez mais fã.

A idéia de montar uma banda de Mutantes cover veio do nada, mas estamos curtindo a idéia. Esperamos fazer um som dahora... ou qualquer bobagem.

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Metalinguagem: fiquei um tempo procurando um vídeo melhor, mas não encontrei; pelo menos o som está legal nesse.

terça-feira, 19 de fevereiro de 2008

Tom Zé, eu também sou japonês!

Desde criança eu sempre mantive muito contato com a cultura japonesa. A minha cidade natal, Suzano, é um forte centro de imigração. Portanto, já tive e ainda tenho muitos amigos, vizinhos, namoradas (essa é uma só) e produtos de consumo vindos ou descendentes da terra do sol nascente.
Não, este texto não irá falar sobre os 100 anos da imigração japonesa. O foco é apenas um item, talvez o mais importante da cultura nipônica: a tal da discplina, que aqui no Brasil mudou de nome para "japonês" (isso mesmo), como disse Tom Zé em uma entrevista ao programa Arquivo Record, da Record News.

No programa, o repórter pede para que Tom comente o trabalho de Caetano Veloso e Gilberto Gil na época da Tropicália e relacione com a sua própria obra. Ele responde algo do tipo:

-"Caetano e Gil são gênios! Eu sou japonês!"

Em seguida, ele explica que só conseguiu fazer algo de relevante na música popular brasileira devido ao suor, ao esforço, à disciplina e ao perfeccionismo.

Mas depois de tantos anos de convivência com seres humanos de olhinhos puxados, eu nem precisei da explicação para entender o significado do adjetivo "japonês".

Atrevo-me a dizer que aprendi a ser japonês aqui em Suzano e, de tanto admirar, acabei copiando.

Hoje em dia, sou bem mais japonês do que muito japonês.
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Metalinguagem: um trecho do programa Arquivo Record sobre a Tropicália. Vale a pena!

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Adeus, blogger

Decidi que o Mercy Zidane não será mais hospedado no blogger.

Não sei quando isso vai ocorrer efetivamente, mas tomei essa decisão no Campus Party 2008, na Bienal de São Paulo.

Consegui uma credencial tosca com a minha namorada e em meio às palestras, entrevistas, demonstrações de robôs e jogos, pensei com meus botões: por que ainda estamos usando o blogger?

Assim como a maior parte da galera que curte computador sabe que o Linux é melhor que o Windows (por utilizar o serviço de código aberto, em que muitas pessoas podem alterar o código-fonte do programa), os grandes blogueiros preferem outras ferramentas, como wordpress e drupal.

O principal problema é que sou um grande leigo em termos de programação. Só sei usar os recursos mais básicos de um blog. O Bulhões também estava pensando em mudar, mas só se valer a pena. Concordo. Afinal, o nosso número de visitas não está tão baixo. Mas fique tranqüilo, não queremos ganhar dinheiro com o blog (por enquanto).
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Metalinguagem: já tentei dar uma mexida no wordpress e me decepcionei - não vi tantas vantagens assim, mas o que vale a pena é a possibilidade de fazer várias páginas no mesmo blog e a "divertida" nuvem de tags.

terça-feira, 12 de fevereiro de 2008

A arte de acordar muito tarde


Todas as férias o fenômeno se repete. Logo nos primeiros dias a situação ainda é branda. Ainda sob efeito do período letivo, saio da cama lá pelas onze, onze e meia, direto tomar meu café de manhã – cena essa que se repetirá no máximo cinco vezes nos próximos dois meses. Mas com o decorrer dos dias, a situação vai se agravando. Logo no fim da primeira semana, a marca de uma da tarde já é facilmente batida. Às vezes dá pra pegar o pessoal almoçando na mesa, às vezes não.

O tempo passa, e o sono só aumenta; na verdade ele não aumenta, apenas se desloca. Ao invés de estar entre a meia-noite e as 10:00, ele migra para entre as 5:00 e as 15:00. A duração é a mesma. É quando você começa a se levantar às três da tarde que o negócio começa realmente a incomodar. “Porra, já perdi metade do dia”, eu sempre penso.

Normalmente se estabiliza em três da tarde, com variantes tanto pra menos quanto pra mais. Os dias em que você acorda às quatro são os que mais você se sente um inútil. Ainda bem que são raros, como o de hoje, por exemplo. Acordar depois das quatro já passa a ter um significado maior: você já é um faixa preta na arte de acordar muito tarde.

A arte de acordar muito tarde foi a primeira comunidade no Orkut que criei, lá em 2005. O que mostra que esse meu hábito é de longa data. A comunidade conta com figuras ilustríssimas, como o rei Marquito (duvido que alguém consiga vencê-lo num duelo). Como já diz a descrição da comunidade, “aqui [você] poderá compartilhar suas incríveis experiências do dia-a-dia, como almoçar às 5 da tarde e acordar bem na hora da Malhação”.

A receita para você aprender esta arte se baseia em três ingredientes: 1) gostar de Internet, 2) ter muito sono e 3) ter uma força de vontade fraca o suficiente a ponto de não superar a força do seu sono. A Internet serve pra te manter acordado até altas horas. Mesmo que passado alguns dias você não fique mais o tempo todo nela, é ela a responsável pela falta de sono que não vai te deixar dormir antes das cinco. Afinal, era esse o horário que você ia dormir depois de ter passado a madrugada no MSN ou navegando por aí. Uma coisa boa é que você pode ocupar esse tempo da madruga com boas leituras.

Já o excesso de sono e a fraca força de vontade servem para te manter na cama. São várias as vezes em que eu acordo, tipo, à meio-dia e penso com os meus botões: “se eu tivesse que, por algum motivo, acordar agora, até que daria. Ainda bem que não tenho”. Viro de lado, volto a dormir, e, quando realmente acordo, tcharan, já são três da tarde.

Essa arte, no entanto, te apresenta desafios torturantes, de verdade. Eles aparecem geralmente nos dias que antecedem a volta às aulas. Afinal, como você vai fazer pra começar a acordar às oito se você estava acordando às três? Ou ainda quando você marca um médico que só tem horário livre na parte da manhã. Conforme a consulta vai chegando, a sensação de sofrimento inescapável cresce. Pura tortura.

É claro que na hora que já estou acordado, sóbrio, rosto lavado, me arrependo até a última pena de não ter levantado cedo, mas ali, na cama, aquele sono gostoso, aqueles lençóis aconchegantes, eu penso “acordar pra quê?”. Essa é a beleza dos prazeres efêmeros!

segunda-feira, 11 de fevereiro de 2008

Decepção

Eu tenho um tio militante do PT há muitos anos, vice-diretor de uma escola da rede pública de ensino. Ele sempre foi a referência de uma cara de esquerda para mim quando eu era criança. Apesar de não termos muito contato, gosto dele. Identifico-me com seu jeito meio quietão.

No último final de semana eu o encontrei num almoço em comemoração ao casamento da filha dele, minha prima.


Ele perguntou que área que eu pretendia seguir no jornalismo. Respondi que gosto da parte de
cidadania, social. Aí ele começou a falar coisas que eu nunca imaginei que ele capaz. Desqualificou pessoas de periferia, dizendo que agora o que impera é a "cultura da bandidagem" e que "break é dança de troglodita".

Por coincidência, eu fiz um trabalho sobre break ano passado e entrevistei, junto com o Bulhões, alguns caras que se ocupavam da dança e, segundo eles, deixaram de fazer coisas como roubar, usar drogas devido à tal ocupação.


Quando ele falou "cultura da bandidagem", referiu-se ao povo que se sente mais protegido pelo traficante do que pelo policial. Eu disse:
"Pode não estar certo, mas o que eles podem fazer se o policial atira primeiro e pergunta depois; e o traficante realmente dá mais segurança?". Resposta de meu tio: "Eles têm que arrumar outro jeito".

O pior não foi nem ele ter dito essas coisas, foi o modo como ele disse. Essas palavras, esse discurso parece que saiu das páginas da Veja, muito direitoso, muito tucano, como ele mesmo diria antigamente. De tão revoltado, comentei o assunto com minha mãe. Resposta:
"Ah, filho, um dia você vai pensar como ele" - novamente, o agouro maldito.

Bom, se um dia eu pensar que break é dança de troglodita
ou que os próprios desfavorecidos têm que achar um jeito de se virar, por favor, alguém me dê um tiro.
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Metalinguagem-enquete: PT ainda é esquerda para você?

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

A Batalha de Chopisco

Bertioga, litoral do Estado de São Paulo, 03 de fevereiro de 2008.

Eu e minha namorada estávamos procurando a tal da pousada "Bem-te-vi", após uma viagem de duas horas de ônibus e mais 10 minutos de circular.

Pensávamos em como seria o nosso carnaval, olhando para o céu escuro, para as milhares de latas, papéis e coisas estranhas jogadas na praia e para a rua que não nos levava nunca à tal pousada. De repente, começa a chover.

Corremos para o bar mais próximo, denominado "Chopisco", localizado ao lado da pousada "Xereta".

Ajoelhou, tem que rezar. Enquanto começávamos a tomar nossa cerveja esperando a chuva passar, dois camaradas bêbados conversavam na mesa ao lado da nossa. Eles comiam uma deliciosa porção de frango à passarinho que nos deixou com água na boca.

Já estávamos nos goles finais quando um dos sujeitos foi se aliviar no banheiro. Passados dois minutos, um funcionário chama o patrão:

- Tem um cara mijando fora do vaso!

O patrão vai ao banheiro e tira o indivíduo do lá com a ajuda de seu empregado. O cara sai esbravejando e dizendo que não era moleque e que ninguém deveria botar a mão nele. Apesar do clima tenso, o dono do bar foi para o seu canto enquanto o "mijão" contava ao amigo o que iria fazer caso começasse uma briga.

Prevendo uma possível treta, Tati foi pagar a cerveja. Voltou, sentou-se ao meu lado. Enquanto um gordão peludo sem camisa se dirigia à mesa dos caras ao nosso lado, tomei o último gole e nos levantamos para irmos embora.

Passados 10 ou 20 segundos da nossa retirada, olho para trás e vejo o gordão dar tapinhas no rosto do mijão. Bêbado provocado vira Super-homem. Começa a treta.

Voou copo, mesa e frango à passarinho para tudo que é lado.

Escapamos, por pouco, muito pouco, da Batalha de Chopisco.
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Metalinguagem: a foto não é minha não, peguei da net; mas a praia é a mesma.

segunda-feira, 4 de fevereiro de 2008

Nacional Socialismo em detalhes


Se não fosse por meu irmão, não saberia que a palavra Nazismo é na verdade uma espécie de apelido pra designar Nacional Socialismo (Nationalsozialismus), partido que Hitler fundou. Sabia que o Partido Nacional Socialista era o de Hitler, mas nunca havia me perguntado de onde vinha o Partido Nazista...

Enfim, como quase qualquer um que vive no Ocidente, já ouvi falar por milhares de vezes sobre as atrocidades cometidas pela Alemanha Nazista contra os judeus. E, obviamente, sempre as condenei. Mas se tratava de uma condenação, digamos, mais por declaração do que por sentimento. No fundo, não sentia exatamente a real dimensão do que fora o Holacausto.

Mas isso mudou quando li Auschwitz - a doctor's eyewitness account. O livro, escrito em primeira pessoa por Miklos Nyiszli, um médico judeu, relata o cotidiano do campo de concentração nazista mais famoso, de meados de 1944 até o seu fim, no início de 45. Por conta de sua especialidade, Nyiszli é poupado da morte a fim de prestar serviços na sala de autópsia juntamente com o médico nazista Josef Mengele, também conhecido como Anjo da Morte.

Em pouco mais de 200 páginas, o livro traz em detalhes relatos de crueldades impensáveis, numa intensidade que só a literatura é capaz de promover. Para dar um "pequeno" exemplo, pessoas serem trancadas por dias a fio, sem comida nem água pra beber, em conteiners superlotados era algo absolutamente normal. Quem tinha a chance de ir pra câmara de gás logo de primeira era considerado alguém de sorte.

Só digo que durante toda a leitura, a sensação onipresente era a de angústia diante da ciência de que tudo isso realmente aconteceu. E, em menor escala, de raiva das pessoas responsáveis.

Posso dizer que apenas agora eu tenho uma leve noção do que a o holocausto nazista significa para o povo judeu. E também passo a entender porque de ações como essa aqui.

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PS1: finalmente uma palavra que faz frente a Nietzsche, no campeonato mundial das palavras mais difíceis de escrever: Auschwitz.

PS2: Josef Mengele fugiu para a Argentina, passou pelo Paraguai e foi morrer sabem onde? Brasil. É o que diz este artigo no Wikipedia.

PS3: apesar de terem sido alvos daquele que foi a maior atrocidade da história da humanidade, o povo judeu, representado por Israel, agora é quem oprime. Vide os diarios bombardeios a esmo na Palestina e a guerra no Líbano de outro dia. O que só me faz concluir que realmente não existe bons x maus, mas fracos x fortes.