É mais ou menos essa a sensação que a mídia e o governo passam.
Na semana passada, o IPCC divulgou o segundo relatório sobre as mudanças climáticas causadas pelo aquecimento global. Várias espécies podem entrar em estinção; países pobres vão sofrer graves conseqüências, como escassez de água; pode haver savanização da floresta amazônica e desertificação do semi-árido brasileiro. Existem outros fatores, mas os citados anteriormente já seriam suficientes para que alguma medida fosse tomada.
Os jornais fazem cadernos especiais sobre aquecimento global, entrevistam a ministra Marina Silva e esquecem do assunto até o IPCC divulgar outro relatório.
Já o governo fala que está fazendo sua parte e que a pasta do Meio Ambiente está no caminho certo.
Não há dúvidas de que os países como Estados Unidos e China são os maiores destruidores da camada de ozônio, mas quando o problema chaga ao nível alarmante em que se encontra, a população tem a necessidade de contribuir de alguma maneira.
Se reciclar o lixo, economizar água e utilizar energia solar não vão fazer grandes diferenças em nível global, pelo menos são medidas saudáveis para o meio ambiente das comunidades brasileiras.
É aí que o governo e a mídia se omitem. Como poder que ambos possuem, poderiam criar campanhas e incentivar a população para que hábitos mais "sustentáveis" fossem praticados.
A culpa é das grandes empresas e fábricas espalhadas pelas potências capitalistas, mas o povo também quer ajudar.
PS: Ouçam o programa "Ecoando: Educação e Atitude" da Rádio Unesp Virtual. É um programa bem opinativo sobre as questões ambientais. Quinta-feira (quinzenalmente), às 12h30 (também dá para ouvir depois, é só clicar no nome do programa). Vale a pena!