Há alguns dias eu terminei de ler a biografia da ex-Ministra da Economia do Governo Fernando Collor, Zélia Cardoso de Melo.
Eu nunca tinha lido uma biografia, mas sempre tive curiosidade. Por isso, quando achei o livro "Zélia, uma paixão", de Fernando Sabino, na estante de livros velhos da casa da minha avó, logo pedi emprestado para ler, pois sempre quis saber um pouco mais sobre a época do governo Collor.
O livro é de uma leitura rápida e envolvente, mas deixa muito a desejar. Sempre pensei que o problema de escrever uma biografia (principalmente se o personagem principal ainda está vivo, como é o caso) é o envolvimento que o escritor pode ter com o alvo de seu livro.
Isso ocorre no livro. Sabino afirma várias vezes que se tornou amigo pessoal da Ministra.
Zélia era conhecida como uma mulher arrogante, chata, dessas do tipo mandona. Mas o autor a descreve como uma mulher doce que usava desses "mecanismos" para esconder sua timidez.
Pode até ser. Mas no livro parece que Zélia era a mulher mais inteligente, linda, esperta e gente boa do mundo inteiro. Ela só pensava no bem do povo.
Pois bem. Terminei de ler o livro e entrei na internet para pesquisar sobre o que Zélia anda fazendo (afinal, o livro foi escrito há cerca de quinze anos). Encontrei o seguinte artigo na página da IstoÉ Dinheiro:
A ex-ministra da Economia, Zélia Cardoso de Melo, foi condenada em primeira instância a 13 anos de prisão, por corrupção passiva. “A notícia me deixou naturalmente triste”, disse Zélia a DINHEIRO. Ela é acusada de movimentação de dinheiro em conta-fantasma – dentro do esquema de PC Farias – e de usá-lo para a reforma de sua casa. O juiz que assinou a sentença – Marcus Vinicius Reis Bastos – é o mesmo que também condenou em primeira instância a ex-primeira-dama Rosane Collor a 11 anos e quatro meses de prisão, sob acusação de envolvimento em compra superfaturada de leite na extinta LBA (Legião Brasileira de Assistência). Zélia, assim como Rosane, vai recorrer.