No dia sete de janeiro de 2007 eu comprei o jornal “O Estado de São Paulo”.
Comecei a ler o caderno “Nacional”, que fala sobre política.
Quando abri o jornal na página A6, deparei-me com uma reportagem sobre a sucessão presidencial da Câmara dos Deputados com o seguinte título: “Vença Aldo ou Chinaglia, desgaste é inevitável”.
Claramente pode-se notar um posicionamento do jornal sobre a questão.
Na mesma página, Dora Kramer escreveu sua coluna. No finalzinho do texto, a colunista citou a sucessão na Câmara: “...em qualquer hipótese, ganhe Aldo Rebelo ou Arlindo Chinaglia, o governo sai vencedor”.
Claramente pode-se notar um posicionamento da colunista sobre a questão.
A colunista é paga para dar opiniões, portanto, não fez nada mais do que sua obrigação. O jornal deveria ser isento, mas todos sabemos que (muitas vezes) os jornalistas seguem a linha editorial que lhes é imposta.
O grande problema é que um dos dois lados vai sair sem crédito.
A própria colunista do jornal desmentiu a informação que o jornal acabara de dar ao seu leitor.
Podemos pensar que o “Estado de São Paulo” é um jornal que segue uma linha “pluralista” e permite que seus colunistas tenham um pensamento divergente do conjunto apresentado pela publicação.
E podemos pensar que foi um erro crasso de organização do jornal, que colocou na mesma página duas informações completamente contraditórias.
Em quem acreditar?
Só espero não ler no jornal de amanhã que Dora Kramer foi demitida.