Depois da vivência adquirida com três anos de faculdade de jornalismo e do contato com o movimento estudantil e com algumas matérias (como Realidade Socioeconômica Brasileira) que mudaram meu modo de entender a política, tenho uma opinião formada sobre o nosso atual presidente.
Básica e sucintamente: quando tomou posse, ele não conseguiu ir contra todas as alinças que fez para chegar ao poder (muitas delas com pessoas conservadoras). Além disso, não efetivou um projeto que realmente pudesse dar condições aos brasileiros para mudarem de vida (no caso, o Fome Zero), restando apenas o bolsa família. Seguiu a cartilha conservadora de FHC em vários aspectos. Ou seja, o petista que se dizia tão de esquerda não é muito diferente dos conservadores que governam nosso país desde sempre.
Beleza. Agora imagine uma situação do tipo: eu estou vendo tv e algum familiar comenta, após uma notícia sobre o presidente:
-Nossa, esse Lula é um sem vergonha. Esse governo só fez porcaria.
É, ele pode não ser sem vergonha, mas fez muita porcaria. Só que se eu concordar, vou dar a entender que concordo com o meu parente e que a solução para o Brasil é Alckmin, Aécio ou Serra.
Até eu explicar que Lula e o PT não são mais tão "de esquerda", meu familiar já estará dizendo as maravilhas dos governos tucanos e não prestará atenção a uma palavra minha.
Resumindo: as pessoas ainda não entendem que o governo Lula não representa os ideais da esquerda brasileira. Concordar com as pessoas que atacam o presidente é aceitar o conservadorismo ou se desdobrar para "incutir" a idéia que existem pensamentos mais esquerdistas do que os de Lula. Mas é preciso paciência, pois a imagem que Lula e o PT construíram ao longo de mais de 20 anos de militância ainda pesa no imaginário popular, ao ponto da palavra "petista" ser praticamente associada à expressão "esquerdista radical".
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Metalinguagem: a situação é meramente ilustrativa, mas já chegou a ocorrer algumas vezes e, confesso, desisti de tentar explicar.
Básica e sucintamente: quando tomou posse, ele não conseguiu ir contra todas as alinças que fez para chegar ao poder (muitas delas com pessoas conservadoras). Além disso, não efetivou um projeto que realmente pudesse dar condições aos brasileiros para mudarem de vida (no caso, o Fome Zero), restando apenas o bolsa família. Seguiu a cartilha conservadora de FHC em vários aspectos. Ou seja, o petista que se dizia tão de esquerda não é muito diferente dos conservadores que governam nosso país desde sempre.
Beleza. Agora imagine uma situação do tipo: eu estou vendo tv e algum familiar comenta, após uma notícia sobre o presidente:
-Nossa, esse Lula é um sem vergonha. Esse governo só fez porcaria.
É, ele pode não ser sem vergonha, mas fez muita porcaria. Só que se eu concordar, vou dar a entender que concordo com o meu parente e que a solução para o Brasil é Alckmin, Aécio ou Serra.
Até eu explicar que Lula e o PT não são mais tão "de esquerda", meu familiar já estará dizendo as maravilhas dos governos tucanos e não prestará atenção a uma palavra minha.
Resumindo: as pessoas ainda não entendem que o governo Lula não representa os ideais da esquerda brasileira. Concordar com as pessoas que atacam o presidente é aceitar o conservadorismo ou se desdobrar para "incutir" a idéia que existem pensamentos mais esquerdistas do que os de Lula. Mas é preciso paciência, pois a imagem que Lula e o PT construíram ao longo de mais de 20 anos de militância ainda pesa no imaginário popular, ao ponto da palavra "petista" ser praticamente associada à expressão "esquerdista radical".
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Metalinguagem: a situação é meramente ilustrativa, mas já chegou a ocorrer algumas vezes e, confesso, desisti de tentar explicar.