17 dias, 2 livros, 6 filmes, 1 jogo de futebol

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

17 dias, 2 livros, 6 filmes, 1 jogo de futebol

Esse é meu saldo "cultural" até aqui nesse ano. Abaixo segue a relação de cada livro, filme e jogo de futebol, com um breve comentário pra cada:

Livros

Ilusões Perdidas, de Honoré de Balzac: li-o em umas 3 sentadas, num único dia. Não gostei muito do estilo, mas achei interessante pelo fato de tratar, entre outras coisas, sobre o mundo impiedoso e cheio de interesses que marcou a imprensa na França no século XIX. Pelo visto, a coisa não mudou muito de lá pra cá.

Mosca Azul, de Frei Beto: desbancou Veias Abertas da América Latina, de Eduardo Galeano, como o melhor livro não-ficção que já li. Mosca Azul faz uma reflexão sobre o poder e suas tentações, sobre o PT e sua deformação sofrida no caminhar rumo ao governo, sobre propostas por uma sociedade realmente democrática, além de várias outras coisas. Você termina o livro querendo ler Maquiavel, de tanto que é citado. Definitivamente vou lê-lo de novo muito em breve.

Filmes

Profissão Repórter: tão chato, mas tão chato, que dormi várias vezes do início ao fim. Se bem que já dormi em vários filmes bons, portanto isso não é bem lá um critério...mas que é muito chato, isso é. Com Jack Nicholson.

Sobre Café e Cigarros: pouco mais de meia dúzia de conversas reunidas em um filme em que os únicos elementos obrigatórios são justamente os que dão nome ao filme. Algumas histórias são maçantes, mas outras são sensacionais. Sem falar que as imagens são feitas em um preto e branco impecável. Encomendo e recomendo!

A Culpa é do Fidel: tão ligado Machuca? Esse filme segue a mesma lógica: a política vista sob perspectiva de uma criança. Só que esse é muito mais engraçado e, de certa maneira, mais
crítico sobre algumas questões que envolvem a dualidade capitalismo x comunismo. Valeu o ingresso de cinema.

Sombras de Goya: filme de época, que se passa no período napoleônico, na Espanha, quando a Santa Inquisição tenta voltar à ativa. Apesar de depois, lendo críticas, eu ter realmente constatado falhas no roteiro e uma má atribuição de papel a alguns personagens (como o do próprio Goya, pasmem), a película fez valer os 8,50 gastos. Odeio jargões de críticos de cinema, mas tenho que dizer que o figurino é estonteante e as atuações de alguns dos atores são irretocáveis. A cena que encerra o filme é surreal.

O Nome da Rosa: fazia uma caaaara que queria ver esse filme. Me decepcionei. Ao final, comecei a achar que a fama de O Nome da Rosa deve ser mais pelo livro do que pelo seu homônimo da sétima arte.

Estado de Sítio: bom, muito bom, apesar de me questionar enquanto assistia se eu não estava me forçando a achar bom. É do Costa Gavras, diretor bastante renomado pelo cinema político. O filme é uma crítica ao período ditatorial na América Latina, que teve benção e dízimo dos Estados Unidos. Recomendo, mas assista-o de dia, pois o risco de adormecer (não tem muita trilha sonora) não é pequeno.

Jogo
Rio Claro 2 x 0 Paulista: poucas horas antes me peguei com gripe, poucos minutos antes não encontrava o ingresso (obrigado mãe) e com o jogo já começado começou a chover. Doente e no setor descoberto, me fodi. Estou mais gripado ainda, me sinto totalmente indisposto, só que feliz - afinal, depois de tanto tempo, pude ver o Azulão aniquilar mais uma vítima, nas estréias dos refletores do Shimitão.
:)

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PS1: amanhã tem início meu retiro espiritual de 14 dias em Ubatuba. Durante esse tempo, pretendo ler, pelo menos, 3 kilos de livros. Vou começar com Auschwitz - A Doctors Eyewitness Account, de Dr. Miklos Nyiszli, em inglês. Haja dor de cabeça.

PS2: outros livros que estou levando: Rota 66, Ensaio Sobre a Cegueira, Raízes do Brasil e Crime e Castigo.
PS3: ainda nessa idéia de leituras em inglês, me superestimei totalmente ao tentar ler Crime and Punishment, de Dostoiévski. Eram cerca de 700 páginas. Desisti na terceira, depois de uma piscada de 10 segundos, às 3 e 35 da manhã da última terça.