Estou viciado em documentários

quarta-feira, 9 de janeiro de 2008

Estou viciado em documentários

Comecei a assistir documentários nas férias de janeiro do ano passado. Isso porque a Tati tinha acabado de ter aula de Telejornalismo II e ficava falando de diversos filmes de tal estilo para mim.

Nessa época, eu assisti Justiça, Ônibus 174 e Prisioneiro da Grade de Ferro. Assistia, achava legal e só.

Depois das aulas de Telejornalismo II em que tive contato com diversos documentários consagrados, com alguma teoria sobre o assunto e fiz o meu próprio doc, comecei a enxergar o lance com outros olhos.

Tento prestar atenção no modo como o roteiro é feito, nos ângulos utilizados para a filmagem, na trilha sonora, mas o que mais me atrai no documentário é o fato de ser uma coisa real. É claro que as pessoas entrevistadas por um jornalista com uma câmera interpretam personagens e também “atuam”, e que o filme é uma produção. Mas é muito foda você conseguir depoimentos que não foram combinados e que expressam o sentimento (mesmo que “interpretado” para as câmeras) daquelas pessoas. Você tem que fazer um filme, mas não sabe se aquelas pessoas vão falar coisas legais ou não. É uma tensão enorme e que muitas vezes expressa um sentimento impossível de se conseguir em filmes de ficção.

O pior é que na locadora que eu pego filmes, os documentários são relegados a um espaço secundário. Eu sei que esse tipo de produção não é muito popular, mas depois de assistir a um filme fudido, como Fala Tu, eu penso: “Porra, mas por que um documentário desses não é popular?”

Para mim, a resposta é a seguinte: pensa-se que documentário é aquele tipo de filme chato sobre “A vida sexual dos albatrozes das Ilhas Galápagos”, como diz minha tia Beth. Ou seja, muitos pensam em documentários como filmes chatos, o que é um erro hediondo.

Só para fazer jus ao título desse post, aí vão os meus “conhecimentos adquiridos sobre documentários nestas férias: li Introdução ao Documentário Brasileiro, de Amir Labaki e assisti aos filmes Fala Tu, Cabra Marcado Para Morrer, Santo Forte, Motoboys Vida Loka e O Cárcere e a Rua.

Para fechar o post com chave de ouro, assita ao trailer do novo filme do Coutinho, Jogo de Cena (que mistura ficção com realidade), que eu ainda não assisti, mas ouvi dizer (do Alan) que é muito bom.


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Metalinguagem-dica: descobri o site www.eduardocoutinho.blogspot.com em que é possível baixar diversos filmes do Coutinho. Eu já baixei dois (um tava com pau, mas valeu a pena).