Em termos de aulas da faculdade, o primeiro semestre foi um lixo (muitas aulas coxa), mas teve coisas boas (certos trabalhos); o segundo semestre foi bom (matérias interessantes e professores comprometidos), mas teve muito lixo (duas aulas cagaram o semestre).
Em se tratando de projetos, acho que as coisas que eu faço na facul chegaram a um ponto de convergência. O movimento estudantil, o Jornal do Ferradura e o Raiz Social foram três coisas que abriram minha cabeça para muita coisa e se interligam em diversos aspectos.
Entrei no movimento estudantil por meio do centro acadêmico, mas a greve das estaduais paulistas foi um momento em que eu aprendi muita coisa de política e despertei ainda mais meu interesse por essa área dentro do jornalismo (clique aqui e veja o que eu aprendi na greve).
O Jornal do Ferradura me proporcionou o contato com a favela; algo que todo o cidadão de classe média deveria ter para quebrar preconceitos e ver que a diferença é muito menor do que se pensa. Além disso, a elaboração do jornal, a distribuição, o fato de haver pessoas lendo o que você escreve é muito gratificante.
O Raiz Social me fez botar para fora tudo o que eu tinha estudado sobre rádio e construir (juntos com meus amigos) uma coisa nova em que acredito.
Muitos dizem que o terceiro ano de faculdade é o pior, é o ano das crises. Para mim, foi o ano da realização. Tenho orgulho de tudo o que faço e consigo enxergar relação entre todos esses elementos. Creio que a base está sólida.
Pode me chamar de romanticuzinho clichê, mas nada disso seria possível sem minha namorada Tati.
Enfim: saldo positivo!
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Metalinguagem: enquanto escrevo este post estou baixando o filme Cabra Marcado Para Morrer, de Eduardo Coutinho. Dizem que é o divisor de águas do cinema não-ficcional brasileiro.