Mercy Zidane: fevereiro 2007

sábado, 24 de fevereiro de 2007

Google quer ser Deus, mas eu não vou deixar


Saindo do limbo, voltando a postar, eis que na hora de acessar o Blogger, descubro que pra logar, preciso agora usar a minha conta do Google. Tentei voltar, logar por outro meio, mas não teve jeito. Só mesmo na conta do Gmail.

"Porra, mas e daí?".

E daí que o Google é dono, entre outros serviços da internet, do Orkut, do You Tube, do Gmail, além do próprio Blogger e do sistema de busca pelo qual tudo começou. Unificando as contas de todos essas redes, como é a intenção, o Google vai saber o que CADA um vai ler, escrever, pensar, buscar, gostar etc.





E eu não to nem um pouco a fim de contribuir com esse plano do Google de ser Deus. Tenho uma conta pro Gmail, uma pro Youtube e outra pro Orkut. Só perdi no Blogger. E ainda eu e meus colegas de faculdade fizemos um trabalho denunciando essas intenções do Google de controlar o mundo.

Tá aqui no Google Domination.


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PS1: Eu não sei com o Suzano deixou passar, mas este é o centésimo primeiro post do MZ. O que quer dizer que o centésimo não houve nenhum tipo de atenção mais especial. Vamos ver se no milésimo a gente não esquece. Se pá a gente chega nele antes do Romário.

PS2: Copiei do Pensar Enlouquece esse lance de colocar "PS" depois de um post. Idéia boa tem que usar. Só não vale patentear.

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2007

A união de universos distantes


Uma das coisas mais inusitadas é quando se vê, ali na na sua frente, totalmente materializada, a união de pessoas que, se não fossem os acasos da vida, teriam pouquíssimas chances de se encontrarem.

Amo vocês (menos o Bulhões).

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2007

Vamos falar de cocô


Tem gente que não gosta, acha nojento, repugnante e outros adjetivos mais, mas que atire a primeira pedra quem nunca deu uma gargalhada, mesmo que ligeira, quando alguém estava contando um "causo" sobre cocô.

Como todo mundo faz o bendito cocô, todos sofremos com os mesmo problemas (água que bate na bunda quando evacuamos, diferenças entre cocô duro e mole, as dificuldades de uma diarréia, tudo o que você já fez para evitar cagar na casa dos outros, a vez que você deixou uma freiada escapar, etc). Já que os problemas são comuns, falar sobre eles é muito engraçado.

Aposto que desde os tempos mais remotos o cocô era alvo de piada. "Hmmmmm, hoje você comeu javali podre" ou "Fui abençoado, meu cocô está parecendo Jesus", entre outros.

O texto seguinte não fala sobre histórias de cocô, e sim do uso do palavrão merda. Mas como cocô e merda são a mesma merda, o texto cabe neste post (e também acaba sendo engraçado). A poesia é de Hans Magnus Enzensberger e foi publicada na Revista Piauí, edição de novembro de 2006.

A merda


como sempre ouço falarem dela
como se a culpa de tudo fosse sua.
vejam só, quão suave e modesta
ela toma seu lugarzinho embaixo de nós!
por que sujamos então
seu bom nome
e o concedemos

ao presidente dos estados unidos,
aos tiras, à guerra
e ao capitalismo?

quão transitória ela é,
mas como dura
tudo aquilo que leva o seu nome!
Ela, tão condescendente,
está na ponta da língua,
se o assunto é exploração,
ela, que exprememos,
ainda por cima deve exprimir
a nossa raiva
?

ela não nos aliviou
?
da consciência mole
e particularmente não-violenta
é de toda as obras do homem
provavelmente a mais pacífica.

o que foi que ela nos fez
?

quarta-feira, 14 de fevereiro de 2007

O que você fez hoje, Suzano?


Bom, fiz algumas coisas úteis, mas gastei grande parte do meu tempo jogando FIFA 07 e fui campeão da Copa Brasileira com o Palmeiras.

Só no video-game mesmo pro Palmeiras ser campeão.

O pior é que depois que o campeonato acaba me dá uma depressão pós-campeonato, principalmente depois que eu vejo a comemoração tosca dos jogadores.

"Você gastou trocentas horas jogando essa porcaria e é isso que acontece no final?"

É, é isso. Pelo menos na próxima temporada eu posso jogar a Libertadores.

E, segundo o Dino, os jogos de video-game para computador melhoram a noção tática dos praticantes.

Viu, não é tão inútil assim (ou seria apenas uma desculpa)?

domingo, 11 de fevereiro de 2007

Pecados Íntimos e a questão moral



Ontem eu assisti ao filme Pecados Íntimos com a Tati. Apesar da grana que eu gastei (não consegui comprar meia entrada) valeu a pena.

Depois que eu saí do Shopping Santa Cruz (local onde assistimos ao filme) comecei a ler um livro na viagem de volta para Suzano, mas assim que terminei o capítulo, mesmo ainda restando cerca de uma hora de viagem, resolvi parar de ler e ficar pensando no filme.

Depois de muito pensar cheguei a uma conclusão (assistam e digam se concordam comigo): o filme mistura histórias de várias pessoas, mas o que todas têm em comum é o desvio. Mas não é um simples desvio, é um desvio de moral.

Um cara é viciado em pornografia, outro é totalmente irresponsável, outra trai o marido, um é pedófilo e assim por diante. E no fim das contas, todos os personagens que possuem o desvio acabam escolhendo o jeito mais fácil, ou seja, eles preferem eliminar ou esconder seus desvios do que realmente assumi-los.

Tem uma cena bem chocante (que eu não vou contar qual é) que sintetiza isso. Às vezes os conceitos de moralidade estão tão enraizados em nossas cabeças, que seríamos capazes de tudo para evitar assumir um desvio de conduta.

sexta-feira, 9 de fevereiro de 2007

Artificialidade: conseqüência do medo

Quando fui a Bauru nessas férias peguei uma edição do jornal-laboratório Contexto feito pelos alunos do noturno. O tema era: artificialidade.

Li algumas matérias. Gostei mais de umas do que de outras, o que é normal. Então mentalizei rapidamente quais eram as coisas artificiais com as quais eu tinha mais contato.

Vejam só: enquanto minha mãe estava andando na esteira, eu jogava Fifa 07 no computador.

Então pensei no seguinte: eu critico pessoas que vão morar em condomínios fechados porque acredito que isso só segrega ainda mais os ricos dos pobres e é exatamento o contrário que deveria acontecer.

Mas por quê minha mãe anda na esteira e não anda nas ruas? Por quê eu jogo futebol no video-game e não jogo com meus amigos nas ruas?

Tá, eu sei que não é só por causa da violência e do medo, há vários fatores, mas afinal de contas, não sou tão diferente daquele que critico.

quinta-feira, 8 de fevereiro de 2007

Espada do Jaspion e notebook


Durante essa semana percebi que uma das piores coisas que existem é ganhar alguma coisa valiosa e estragá-la em seguida.

O leitores assíduos deste blog devem se lembrar do post "há alguns anos..." em que relatei a triste história da minha espada do Jaspion que brilhava no escuro e que se quebrou justo na primeira vez em que brinquei com ela.

Desta vez aconteceu algo tão ruim quanto isso: ganhei um notebook da minha tia e em dois dias ele estava com o pau mais impossível de se consertar do mundo. Sempre que eu entrava na net a barra de tarefas travava e o gerenciador de tarefas não abria.

Fiquei louco, chorei esperniei, morri de raiva, entrei em mil sites de tutoriais e nada. Até que descobri que o meu notebook já vem com o windows original em um compartimento especial.

Reinstalei o windows e o problema foi resolvido.

Mas nem tudo são flores: agora estou sem o office e comprei um controle que não funciona no meu notebook.

Bom, isso me leva à uma conclusão generalista: passam os anos, mas os sentimentos continuam os mesmos. Antes eu tomava mamadeira para fazer um "social" com os outros bebês (haha), hoje tomo cerveja. Antes eu ficava puto porque minha espada do Jaspion quebrava, hoje o problema é o computador.

Dica: desabilite o windows installer do seu computador (tenho quase certeza de que foi isso que ferrou o meu)

segunda-feira, 5 de fevereiro de 2007

Em homenagem ao título deste blog

O nome deste blog foi dado por nosso querido J.Silva, que está voltando do Uruguai, por causa do memorável episódio da cabeçada de Zidane na final da Copa do Mundo de 2006.

Hoje eu estava dando uma olhada em uns vídeos antigos que eu tinha guardado no computador e achei os gifs que mais me fizeram rir em toda a minha vida: as cabeçadas de Zidane

1- a cabeçada normal


2-a cambalhota de Materazzi



3- Super Zidane (esse é o melhor)


4 - Zidane Bin Laden



5 - Materazzi, olha o poste!

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2007

Texto sobre sexo

Eu acho difícil encontrar algum texto literário que fale de sexo sem parecer forçado ou muito vulgar. Mas foi no livro de Rubem Fonseca, A Coleira do Cão, no conto A Força Humana, que encontrei um dos melhores que eu já li. Confiram, vale a pena:

No princípio, esse princípio era sempre bom: nós ficávamos nus e fingíamos, sabendo que fingíamos, que estávamos à vontade. Ela fazia pequenas coisas, arrumava a cama, prendia os cabelos mostrando em todos os ângulos o corpo firme e saudável - os pés e os seios, a bunda e os joelhos, o ventre e o pescoço. Eu fazia uns mergulhos, depois um pouco de tensão de Charles Atlas, como quem não quer nada, mas mostrando o animal perfeito que eu também era, e sentindo, o que ela devia também sentir, um prazer enorme por saber que estava sendo observado com desejo, até que ela olhava sem rebuços para o lugar certo e dizia com uma voz funda e arrepiada, como se estivesse sentindo o medo de quem vai se atirar num abismo, "meu bem", e então a representação terminava e partíamos um para o outro como duas crianças aprendendo a andar, e nos fundíamos e fazíamos loucuras, e não sabíamos de que gargantas os gritos saíam, e implorávamos um ao outro que parasse mas não parávamos, e redobrávamos a nossa fúria, como se quiséssemos morrer naquele momento de força, e subíamos e explodíamos, girando em rodas roxas e amarelas de fogo que saíam dos nossos olhos e dos nossos ventres e dos nossos músculos e dos nossos líquidos e dos nossos espíritos e da nossa dor pulverizada. Depois a paz: ouvíamos alternadamente o bater forte dos nossos corações sem sobressalto; eu botava o meu ouvido no seu seio e em seguida ela, por entre os lábios exaustos, ela soprava de leve o meu peito, aplacando; e sobre nós descia um vazio que era como se a gente tivesse perdido a memória.