Oito pequenos trechos desconexos de desabafos esparsos em noites solitárias

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Oito pequenos trechos desconexos de desabafos esparsos em noites solitárias

1. Isso é uma técnica de imersão. Entro em mim mesmo. Apesar de todas as travas, tento escrever o que realmente penso. Talvez não seja nem o que penso de verdade, considerando que pensar é somar todas as vozes da cabeça e dar a “vitória” à mais interessante, por qualquer motivo que seja.

2. Queria que ele fizesse o que ele fez.

3. Ultimamente tenho tido raiva das pessoas que têm medo.

4. Esperei o dia todo por esses 15 minutos.

5. Gosto muito do jeito como escreve, da concisão principalmente. Adoro como as frases secas dos personagens masculinos são cheias de significados. Termino os romances e contos e fico com vontade de falar como eles. Não consigo. Sou quieto, mas quando me sinto à vontade acho que falo bastante.

6. Que caralho de cidade é essa?

7. -Vamos. Vamos fingir a felicidade que não existe. Vamos falar com pessoas que têm uma obrigação moral de falar conosco, vamos perceber o quanto elas não nos conhecem e ver que as que conheciam não conhecem mais, que as que conhecerão são uma incógnita de cada vez mais difícil resolução.

-Sim, vamos jogar o jogo.

-E sem perspectivas.

-É, sem perspectivas.

8. A mão sente e pulsa, doendo um pouco.