(foto tirada do site globoesporte.com, avisando a população, na porta de um estádio sul africano, das possibilidades de sequestro, assaltos e um tipo de crime em que bandidos quebram o vidro de carros)
A milionária entidade máxima do futebol, a FIFA, quis dar uma de democrática e escolheu, há alguns anos, a África do Sul como sede da Copa do Mundo do ano que vem.
A copa ja ocorreu em países subdesenvolvidos, como Brasil, México, Uruguai e Argentina, mas em tempos em que o futebol era mais futebol e menos espetáculo.
Talvez hoje o esporte bretão seja a coisa menos importante de uma Copa do Mundo. E até mesmo por isso, a FIFA aceitou realizar o megaevento no continente africano, como parte de uma jogada política e de marketing.
A recente Copa das Confederações foi um teste que muitos europeus e até brasileiros reprovaram. Afinal, "como um turista irá comemorar as vitórias de sua nação, à noite, após as partidas, se há toque de recolher, trânsito caótico, assaltos, sequestros, assassinatos?"
Alguém precisa lembrar a FIFA de que a África do Sul não pertecence à Europa. Ela e os demais países do continente sofreram anos de exploração realizada por meia dúzia de países que ficam na parte de cima do globo, e não será em poucos anos que os efeitos de um sistema perverso serão revertidos, mesmo que o motivo seja a realização de um dos maiores eventos capitalistas modernos.
A maquiagem midiática e a repressão policial farão com que a copa pareça uma maravilha. Novamente em detrimento do povo local, que deverá assistir à maior parte dos jogos pela televisão, pois o ingresso não será financeiramente acessível.
Bom para os europeus, que poderão curtir o turismo antropológico na "favela do mundo" que eles ajudaram a criar de forma tão cruel. Ah, e o melhor, não serão incomodados pelo "primitivo" barulho das vuvuzelas.
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Metalinguagem: a motivação para eu escrever esse post saiu da matéria linkada no quarto parágrafo.
A milionária entidade máxima do futebol, a FIFA, quis dar uma de democrática e escolheu, há alguns anos, a África do Sul como sede da Copa do Mundo do ano que vem.
A copa ja ocorreu em países subdesenvolvidos, como Brasil, México, Uruguai e Argentina, mas em tempos em que o futebol era mais futebol e menos espetáculo.
Talvez hoje o esporte bretão seja a coisa menos importante de uma Copa do Mundo. E até mesmo por isso, a FIFA aceitou realizar o megaevento no continente africano, como parte de uma jogada política e de marketing.
A recente Copa das Confederações foi um teste que muitos europeus e até brasileiros reprovaram. Afinal, "como um turista irá comemorar as vitórias de sua nação, à noite, após as partidas, se há toque de recolher, trânsito caótico, assaltos, sequestros, assassinatos?"
Alguém precisa lembrar a FIFA de que a África do Sul não pertecence à Europa. Ela e os demais países do continente sofreram anos de exploração realizada por meia dúzia de países que ficam na parte de cima do globo, e não será em poucos anos que os efeitos de um sistema perverso serão revertidos, mesmo que o motivo seja a realização de um dos maiores eventos capitalistas modernos.
A maquiagem midiática e a repressão policial farão com que a copa pareça uma maravilha. Novamente em detrimento do povo local, que deverá assistir à maior parte dos jogos pela televisão, pois o ingresso não será financeiramente acessível.
Bom para os europeus, que poderão curtir o turismo antropológico na "favela do mundo" que eles ajudaram a criar de forma tão cruel. Ah, e o melhor, não serão incomodados pelo "primitivo" barulho das vuvuzelas.
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Metalinguagem: a motivação para eu escrever esse post saiu da matéria linkada no quarto parágrafo.