Mercy Zidane: agosto 2008

sexta-feira, 22 de agosto de 2008

Os Mutretas estréiam numa festa de Rep...

(Vanessa Lee e Suzano Baptista)

...e não poderia ser em local mais apropriado, a República Araguaia, casa de grandes amigos, na criativa festa "Xapando em Pequim", uma homenagem aos Jogos Olímpicos.
A casa estava toda decorada, inclusive ajudei a produzir uns adereços (anéis olímpicos) de papel crepom com a galera.

A festa começou e teve a apresentação de duas grandes bandas: Gnomus Verdes Fritos (com a volta de Marcão na percussão) e Filha Solteira.
(à esquerda, Russo Dias) Chegada a nossa vez, confesso que fiquei com frio na barriga, coisa que sempre acontece quando vou me apresentar. Já comecei errando a primeira harmonia vocal, mas acho que ninguém percebeu, hehe.
O fato é que as músicas foram passando e eu estava me sentindo muito bem ali. Algumas canções ficaram muito boas, como "Fuga número II", em que a Vanessa Lee cantou de forma impecável. Sempre que uma música terminava, eu olhava para o Russo e tinha vontade de falar:

"Puta que pariu! Que dahora!"

(à direita, Raul Liminha e Carol Mourão) Enfim, quando chegamos na música de número 14, eu não acreditei. Parecia que tínhamos tocados só umas 5. Mandamos mais uma ou duas e show acabou.

Só sei que tocar num lugar desses, em que a galera está curtindo e a banda está ensaiada (nem tanto, hehe) é uma das sensações mais gostosas que já experimentei.

Que venham mais oportunidades!
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Metalinguagem:
as fotos são da Piri. Não deu para tirar uma foto da banda inteira. Ainda faltou o Juca na batera.

domingo, 17 de agosto de 2008

A zica em forma de pedra

Quando eu estava no primeiro ano da faculdade, cansei de ir ao pronto-socorro do Hospital de Base, aqui em Bauru, para ser atendido. Ou melhor, para esperar, esperar, esperar, esperar... e ser atendido, não tão bem atendido, diga-se de passagem.

Como diversas matérias de veículos locais já mostraram, o cara fica cerca de 5 horas na fila, recebe o primeiro atendimento, espera meia hora, faz algum exame, espera mais uma horinha, e depois é atendido novamente.

Uma vez conversando com o professor Osvaldo, da Unesp, ele disse que em termos de atendimento, está tudo errado na saúde de Bauru. Os postos existem, mas as pessoas não recorrem a eles por pensarem que é necessário ir ao PS por qualquer coisa. Resultado: superlotação. Claro, fora isso, existem mil outros fatores.

Enfim. Noutro dia tive uma puta crise de dor na barriga, mas uma dor que eu nunca tinha sentido na vida. Chamei meu amigo Porangaba e fomos ao hospital particular, já que minha mãe fez um convênio para mim, depois de tanta zica no primeiro ano. Mesmo assim, o atendimento não foi dos melhores.

Cheguei lá por volta das 1h30 e saí às 4h30. Voltei para casa com suspeita de pedra no rim. Ainda não sei o resultado, tenho que fazer mais exames.

Mas contei toda essa história para parafrasear meu amigo Bulhões: "E quem não tem dinheiro?"
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Metalinguagem: Porangaba é o mais novo apelido de Gaba

terça-feira, 12 de agosto de 2008

As férias de início de semestre

No derradeiro semestre de universidade, eu tenho apenas 10 créditos por semana, sem contar o TCC, o que dá apenas duas manhãs e meia de aula durante toda a semana.

Claro, preciso estudar para o TCC, passar a bola em outros projetos, como a rádio, o Raiz Social e o Jornal do Ferradura, mas enquanto a água não bate na bunda, eu e alguns amigos curtimos mini-férias em plena volta às aulas. Elegemos a primeira semana de aula como continuação das férias.

Conversas longas, idas a bares, voltas de carro na madrugada e disputas acirradas de partidas de video game deram a tônica. Sem contar a vontade de fazer coisas que nunca fizemos, como correr em volta do parque Vitória Régia em plena chuva ou ir do nada para a cidade de Agudos, dar uma volta na praça. Infelizmente, essas idéias não foram concretizadas.

Fomos dormir todos os dias às 7 ou 8 horas da manhã.

A sensação de ter que aproveitar esses últimos momentos de "não necessidade de emprego", de curtição da vida universitária, enchem a todos nós de uma nostalgia antecipada que nos faz sermos mais crianças, justamente às porta de entrarmos definitivamente para a vida adulta.

Agora as coisas já estão voltando ao normal, tenho que apresentar trabalho, já estou estudando de novo para o TCC. Mas o clipe da também nostálgica música do Smashing Pumpkins, 1979, me lembra muito essa semana de "liberdade" que vivi há pouco, talvez a última em longos e longos anos.
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Metalinguagem: post dedicado aos principais companheiros dessa tal semana: Bulhões, Gaba, Van, Carol, Russo.

terça-feira, 5 de agosto de 2008

Arnaldo Antunes na veia

Na última semana tive uma overdose de Arnaldo Antunes.

Enquanto eu fazia uns trabalhos bem mecânicos da faculdade (cadastro de projetos de extensão), comecei a ouvir todos os álbuns do cara, de cabo a rabo.

Tinha me esquecido de como o disco "Um Som" é bom. É o último trabalho dele antes da experimentação total do cd "O Corpo". Recomendo as canções "Fim do Dia", "O Sol" e "Volte para o Seu Lar".

Bom, depois de 9 discos ouvidos, fiquei mais instigado ainda, pois como já contei aqui, ganhei um livro de poesias dele, o "Como é que chama o nome disso", só com a seleção de seus melhores trabalhos poéticos.


Reli trechos do livro "As coisas", em que ele detalha, com uma certa ingenuidade infantil, o óbvio ululante que, por ser tão óbvio, acaba fugindo das nossas vistas.

Não satisfeito, comecei a ver entrevistas e trechos de shows ao vivo do cara no youtube. Achei que ele ficou meio em cima do muro no Provocações, do Abu, mas respondeu uma coisa dahora sobre Jesus, numa palestra.

Enfim, tudo isso me deu uma puta vontade de ir a um show do cara.

Eis que, no primeiro intervalo do princípio do fim (último semestre da faculdade), Russo me diz:

-Suzano, você sabia que Arnaldo Antunes e Mutantes vão tocar em Ilha Solteira?

Não acreditei, mas é verdade: Arnaldo e Mutantes são, sem a menor dúvida, os dois artistas que mais curto no momento. Isso que é sorte!
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Metalinguagem: eu ia colocar o poema "O corpo" aqui, mas já temos informação em demasia neste post. Enfim, fica a dica.