O processo de produção do quadrinho acima foi bem parecido com o que a própria história descreve. Eu me matriculei num curso chamado "Historietas Autobiográficas", ministrado no Sesc Pompeia por Power Paola, a equatoriana criada na Colômbia autora de Vírus Tropical, novela gráfica publicada pela Nemo aqui no Brasil (livro do qual gostei muito).
A proposta desse primeiro exercício era simples: descrever, em um texto curto (como se fosse de WhatsApp), a experiência que eu e os demais alunos acabáramos de viver. Em seguida, Paola sugeriu que separássemos o texto e pensássemos em como os trechos poderiam se transformar em quadrinhos.
Eu, que costumo demorar uma eternidade para desenhar, tive meu processo bem acelerado.
"Mas qual é o sentido desse quadrinho?"
No curso, Paola disse algo como: para adquirirmos maturidade em termos de desenho e de roteiro para se produzir algo "grandioso", é preciso desenvolver técnicas, treinar, ter segurança.Portanto, o objetivo foi apenas o de exercitar e, pra não perder a viagem, tentar fazer algo um pouco engraçado, mesmo que eu nunca chegue a fazer algo "grandioso" até o fim da vida.