Onze

quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Onze

Aí o ano veio e, à beira do mar, tudo parecia estar indo bem.
Um coqueiro ali, outro lá, um caminho de pegadas, risadas, desencontros e encontros inacreditáveis.
E eu dizia que era só uma passagem de tempo estabelecida pelo homem, as coisas não podem melhorar assim, de uma hora pra outra.
Mas o mar não mente e mostra que a maré existe. E ela estava tão a favor que começou a se mover contra, misturou pessoas, histórias (que não deveriam se misturar, mas que só com essa junção se fizeram possíveis).
De zero a mil, a chance de tudo acontecer do jeito que aconteceu nem entraria nas estatísticas. Tudo coincidiu tão assustadoramente que tive medo, medo de dar certo e de não dar certo, de deixar o que poderia dar certo não dar certo.
Mas houve um encontro, três olhares assustados e recíprocos, dúvidas, palpitações, uma mensagem de texto, uma fisionomia na mente - de cabelos encaracolados - e um sonho tão real que deixa de ser clichê.


Ela só atendia o telefone e falava coisas que poderiam ser mentirosas, mas que, na hora, eu acreditava.