Estranho

sábado, 25 de dezembro de 2010

Estranho

-Podia, mas não quero. As coisas tão aqui, muito dispersas. É a cidade, é a cidade que tá entrando em mim, cara, pelos olhos e poros, pelos poros dos olhos, pela cabeça virada, pelas máscaras que grudam na minha cara de poucas em poucas horas, pelo rancor que se materializa como uma parede de concreto que eu finjo não existir, mas que mesmo sendo invisível não me deixa passar, entende?

-Acho que sim. E agora?