Pegando a onda do post anterior, reproduzo abaixo o curta-metragem "Uma História de Futebol", em lembrança aos 70 anos de Pelé (o jogador, não o empresário Edson).
Filme tocante para qualquer um que já sonhou em ser jogador de futebol.
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Metalinguagem: a preguiça também contribuiu para essa rápida homenagem ao maior jogador de futebol de todos os tempos.
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segunda-feira, 25 de outubro de 2010
sábado, 16 de outubro de 2010
Lennon 70
Comecei a escrever este texto no dia 11 de outubro.
Ontem, quando a mídia alardeava os 70 anos que John Lennon faria se estivesse vivo, lembrei-me de ter baixado um documentário recente, chamado "The U.S. vs. John Lennon", de David Leaf e John Scheinfeld II.
Gostei. O Lennon nova-iorquino é mostrado em seu viés mais político devido aos problemas que causou ao governo Nixxon. Basicamente, o ex-beatle se torna um ativista contra a guerra do Vietnã, bancada pelo corrupto presidente. Só que o poder de alcance de John chegou muito mais longe do que se imaginava e do que os governantes toleravam.
Não creio que Lennon fosse revolucionário, mas se deu a liberdade de conhecer novas ideias e figuras.Conversou e foi amigo de líderes da esquerda mais radical que havia nos EUA na época (pelo menos segundo o documentário), lidando, inclusive, com grupos armados, como o Partido dos Panteras Negras.
Tentou inclusive popularizar e acabar com estigmas sobre tais agrupamentos (falando sobre eles nos meios de comunicação).
Havia contradições. John tinha muito dinheiro e levava uma vida de luxo. Apesar dos contatos descritos acima, era pacifista e acreditava que a mudança das ideias era a chave para alterar o mundo (assim como os neo-hegelianos?).
Mesmo tendo discordância com a visão do mais famoso beatle, respeito-o por ter chegado ao ápice do estrelato e não ter ficado satisfeito simplesmente com o mais do mesmo, cantado "love songs", tomado garrafas do mais caro champagne e mantendo praticamente nula sua influência sobre atitudes políticas da juventude.
A infância em um bairro operário, a visão (conjunta com outros integrantes) de que a superficialidade havia tomado conta da carreira dos Beatles e a noção de que a sua figura poderia influenciar os jovens a agir contra a guerra foram fatores que fizerm Lennon usar sua criatividade em canções mais politizadas (Power to the People, Working Classe Hero, I Don't Wanna Be a Soldier Mamma, I Don't Wanna Die, entre outras) e, principalmente, nas genais zombarias aos grandes meios de comunicação (lua de mel na cama, Newtopia, entrevista dentro de uma bolsa, etc.).
Não sei se é porque na minha geração os artistas mais engajados falam de sustentabilidade no ecocapitalista SWU, mas acredito na sinceridade de Lennon. Ele não fazia aquilo para vender mais discos, para ser o artista mais bem pago de sua geração. Ele já tinha alcançado o topo e viu que ele era entediantemente falso e superficial. Mesmo que de forma ingênua e sem sair de seu palácio, Lennon tentou mudar algo. Mas, obviamente, não foi suficiente.
Agora, uma música que não tem relação com o post, mas que é muito bonita e eu nunca tinha reparado:
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Metalinguagem: demorei muito tempo para escrever. Cada hora lembrava de uma coisa.
Ontem, quando a mídia alardeava os 70 anos que John Lennon faria se estivesse vivo, lembrei-me de ter baixado um documentário recente, chamado "The U.S. vs. John Lennon", de David Leaf e John Scheinfeld II.
Gostei. O Lennon nova-iorquino é mostrado em seu viés mais político devido aos problemas que causou ao governo Nixxon. Basicamente, o ex-beatle se torna um ativista contra a guerra do Vietnã, bancada pelo corrupto presidente. Só que o poder de alcance de John chegou muito mais longe do que se imaginava e do que os governantes toleravam.
Não creio que Lennon fosse revolucionário, mas se deu a liberdade de conhecer novas ideias e figuras.Conversou e foi amigo de líderes da esquerda mais radical que havia nos EUA na época (pelo menos segundo o documentário), lidando, inclusive, com grupos armados, como o Partido dos Panteras Negras.
Tentou inclusive popularizar e acabar com estigmas sobre tais agrupamentos (falando sobre eles nos meios de comunicação).
Havia contradições. John tinha muito dinheiro e levava uma vida de luxo. Apesar dos contatos descritos acima, era pacifista e acreditava que a mudança das ideias era a chave para alterar o mundo (assim como os neo-hegelianos?).
Mesmo tendo discordância com a visão do mais famoso beatle, respeito-o por ter chegado ao ápice do estrelato e não ter ficado satisfeito simplesmente com o mais do mesmo, cantado "love songs", tomado garrafas do mais caro champagne e mantendo praticamente nula sua influência sobre atitudes políticas da juventude.
A infância em um bairro operário, a visão (conjunta com outros integrantes) de que a superficialidade havia tomado conta da carreira dos Beatles e a noção de que a sua figura poderia influenciar os jovens a agir contra a guerra foram fatores que fizerm Lennon usar sua criatividade em canções mais politizadas (Power to the People, Working Classe Hero, I Don't Wanna Be a Soldier Mamma, I Don't Wanna Die, entre outras) e, principalmente, nas genais zombarias aos grandes meios de comunicação (lua de mel na cama, Newtopia, entrevista dentro de uma bolsa, etc.).
Não sei se é porque na minha geração os artistas mais engajados falam de sustentabilidade no ecocapitalista SWU, mas acredito na sinceridade de Lennon. Ele não fazia aquilo para vender mais discos, para ser o artista mais bem pago de sua geração. Ele já tinha alcançado o topo e viu que ele era entediantemente falso e superficial. Mesmo que de forma ingênua e sem sair de seu palácio, Lennon tentou mudar algo. Mas, obviamente, não foi suficiente.
Agora, uma música que não tem relação com o post, mas que é muito bonita e eu nunca tinha reparado:
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Metalinguagem: demorei muito tempo para escrever. Cada hora lembrava de uma coisa.