Mercy Zidane: julho 2006

segunda-feira, 31 de julho de 2006

Livrinismo, Deterbítrio

Pesquisando sobre o assunto no google, encontrei um interessante diálogo retirado do livro ‘Livre-arbítrio e Determinismo’, de Clifford Willians, em que 3 personagens debatem sobre livre-arbítrio e determinismo. Cada um deles com um ponto de vista diferente – Lázaro é defensor da existência do livre arbítrio (as pessoas têm o poder de escolher sem nenhuma influência), Daniel é defensor do determinismo (tudo o que acontece é pré-determinado) e Carolina é defensora do compatibilismo (é possível existir livre-arbítrio e determinismo).

A conversa se concentra, basicamente, na afirmação ou negação da existência do determinismo. Daniel, o adepto de que tudo é determinado, afirma que o progresso das Ciências trouxe consigo muitas explicações para certos fenômenos. Por exemplo, a Biologia afirma que a constituição genética de um indivíduo é determinada hereditariamente, a Sociologia diz que o comportamento das pessoas está relacionado a fatores culturais, a Psiquiatria explica que os desejos conscientes são frutos de motivos inconscientes, e a Neurologia indica que os nossos pensamentos seriam obras de reações químico-cerebrais. Conclui-se, então que, das palavras do próprio personagem, “Todas [as ciências] juntas dizem-nos que tudo o que fazemos, dizemos, queremos ou pensamos é inteiramente produzido por acontecimentos prévios”.

Um argumento no mínimo curioso que Lázaro, o defensor do livre-arbítrio, utiliza para rebater Daniel é apresentado quando ele expõe as recentes descobertas da Física Quântica. Os físicos, depois de várias experiências, descobriram que fótons e elétrons se movimentavam ao acaso. Não havia uma causa aparente para, por exemplo, que um elétron saltasse de uma órbita a outra. Se tudo é determinado por um fator anterior, o que causava então esse comportamento instável?

Daniel logo o contradiz, afirmando, em outras palavras, que “não conhecer as causas de um acontecimento não significa que esse acontecimento não tenha causas”, o que é verdade. Bem como é verdade que “o fato de se ter achado causas para diversos acontecimentos não signifique que todos os acontecimentos tenham uma causa”, uma das idéias centrais usadas para sustentar o determinismo.

Trazendo a idéia do Determinismo para o campo das relações sociais teríamos um problema. Afinal, quando condenamos uma pessoa por um crime, pressupomos que ela teve escolha de praticá-lo ou não, de outro modo ela não seria responsável pelos atos que cometeu. Ou seja, quando partimos da premissa de culpa e castigo, costumamos pressupor a existência do conceito de responsabilidade moral. Determinismo e responsabilidade moral são, por natureza, incompatíveis.

No entanto, as idéias de condenar e castigar, segundo o defensor do determinismo Daniel, poderiam estar tranqüilamente relacionadas à idéia de determinismo, mesmo que a de responsabilidade moral não. Condenamos e culpamos uma pessoa quando esta realiza um ato indesejável e evitável, para impedir que continue as praticando e para dissuadir que outras pessoas as pratiquem. Faz sentido.

Expus essa macarronada de idéias toda para refletir sobre o texto ‘O Admirável Estatuto do Menor’, de autoria de Danuza Leão, publicado no caderno Cotidiano da Folha de São Paulo de 23 de Julho deste ano. No texto, Danuza expressa toda a sua indignação para com o menor que, amparado pelas leis atuais, não será julgado pelo crime de assassinato e estupro de uma garota e o de assassinato de seu namorado, ambos jovens da classe média. Danuza, quebrando a ‘etiqueta’ de colunista, chega ao ponto de escrever que “tem a esperança de uma hora dessas saber que ele [o menor infrator] foi justiçado por seus companheiro de Febem ou de Manicômio. E com requintes de crueldade”.

Para a colunista, a idéia de que existe o livre-arbítrio é presente. A não ser que defenda a prática de ‘justiçar com requintes de crueldade’ todos os assassinos para que estes não voltem a assassinar bem como para que outros não sejam estimulados a matar, ela dá a entender que o infrator teve plena escolha do que fez e que portanto merece um castigo à altura.

Se as Ciências nos mostraram que "tudo (ou quase tudo, pra quem crê na existência do livre-arbítrio) o que fazemos, dizemos, queremos ou pensamos é inteiramente produzido por acontecimentos prévios", a questão, então, é a seguinte: até que ponto a escolha desse menor por estuprar e assassinar foi influenciada por fatores anteriores e externos à ele? Qual o grau do livre-arbítrio dentro de sua escolha? Muito, pouco? Os fatores que o influenciaram seriam atenuantes?

Pesquisei no site da Folha sobre informações que pudessem me dizer sobre que tipo de pessoa se tratava o criminoso, e o máximo que consegui foi descobrir que nas aulas ministradas da Febem ele só mostrou capacidade de efetuar operações de somas e divisões, mas não multiplicações, aproveitamento equivalente ao de um aluno de 2ª ou 3ª série, segundo o psicólogo que o acompanha. À época do assassinato, o menor tinha 16 anos.

Para o diálogo dos personagens, clique aqui, e para o texto de Danuza Leão, clique aqui (precisa ser assinante da UOL ou da Folha).

sábado, 29 de julho de 2006

Orgulho

Eu raramente vou a eventos culturais na minha cidade natal (Suzano) por falta de opções. Porém, no início do ano de 2006 o Auditório Municipal apresentou o Projeto Pixinguinha (uma caravana de artistas que percorre o país). Resolvi ir. O auditório estava lotado. Entre os artistas que se apresentariam naquela noite estava Cris Aflalo, uma cantora paulistana descendente de nordestinos. Ela tinha uma voz muito bonita e uma enorme presença de palco. Gostei muito do show e escrevi a crônica deste post na mesma noite.

Relendo o texto (praticamente seis meses depois) vi que ele toca na questão do orgulho de ser brasileiro. Quando se fala em orgulho de ser brasileiro, geralmente as pessoas torcem o nariz. Isso porque a maioria dos patriotas e ufanistas tem um discurso vazio. A Copa do Mundo foi uma prova do ufanismo vazio. Todo mundo de verde-amarelo para encher a cara, mesmo com o time jogando mal. O mesmo tipo de patriotismo aconteceu com aquela famosa campanha “Sou brasileiro e não desisto nunca”. Uma campanha jogada em cima do povo, como se todos os problemas pudessem ser resolvidos com o pensamento positivo.

No dia desse show eu tive um patriotismo com motivo. Tive orgulho de ser brasileiro, orgulho de morar numa terra de uma cultura tão rica e de uma diversidade tão grande. E naquela noite eu estava apreciando um pouquinho da cultura e da diversidade que eu não conhecia. Eis a razão do meu orgulho.

A deusa Cris

Ouvi um canto. Não era um canto comum. Era o canto de uma sereia, de uma escrava, de uma cangaceira, de uma deusa. Sim, de uma deusa com a alegria tão grande quanto o número de cores de sua roupa (e eram várias e muito belas), de uma sereia com pernas e com sapatinhos vermelhos que dançavam num ritmo vibrante, de uma cangaceira arretada que não esquece jamais de suas raízes, de uma escrava sofrida que canta o canto da liberdade que todos nós sonhamos.

Sua voz era doce, suave e rápida. Tão rápida que era capaz de cantar diversos trava-línguas numa mesma música em pouquíssimo tempo, sem perder o ritmo ou desafinar.
Era uma deusa, que cantava e dançava e hipnotizava todos os reles mortais que, atônitos, assistiam a sua apresentação. O simples gesto de bater uma mão na outra comandava uma platéia repleta de fiéis a fazerem o mesmo que ela em qualquer hora que lhe conviesse.

Mas a deusa não era autoritária, mesmo com todo esse poder. Senão não seria uma deusa. Era doce, alegre, linda, carismática, simpática, mas igual a nós. Bela como nós e era por isso que todos a adoravam.

Não se tratava de narcisismo ou algo do tipo. Era o reencontro. O reencontro com nós mesmos. Com nossa brasilidade. Com nossos irmãos. Com nossos parentes. Com todos os estranhos que dançavam como se fossem velhos conhecidos. Com o acordeom que me lembra da roça, do norte, das festas. Com alegria do sorriso fácil, às vezes tão difícil de aparecer. Com esse gingado e com esse ritmo que só tem na minha terra.
O reencontro com tudo isso faz-me lembrar que eu nasci aqui, neste país chamado Brasil, que tem tanta coisa boa. Faz orgulhar-me de ser brasileiro, mesmo sabendo de tanta coisa ruim que há por estas bandas.

O nome da deusa é Cris Aflalo.

quinta-feira, 27 de julho de 2006

Um teste para uma nova era



quarta-feira, 26 de julho de 2006

Princípios ou dinheiro?

O meu companheiro de blog (J.Silva) enviou um e-mail ao grande jornalista esportivo Juca Kfouri, em sua última postagem, para discutir idéias com relação à obrigatoriedade do diploma de jornalismo. O meu post de hoje também é uma divergência de opinião. Desta vez entre o humilde aspirante a jornalista que vos escreve e o também grande jornalista esportivo Flávio Prado. O tema não é menos importante: a questão da publicidade no jornalismo. O e-mail que eu enviei a ele explica a questão:


Prezado Senhor Flávio Prado

Meu nome é Alberto Silva Cerri e curso o segundo ano de jornalismo na Unesp de Bauru. Desde muito criança eu acompanhava os seus programas (tanto na Jovem Pan quanto na TV Cultura), de modo que tenho muito respeito pelo Senhor.

Mando este e-mail para comentar a propaganda que o Senhor fez na última segunda-feira, dia 24 de julho, para a Nestlé, durante o o programa Gazeta Esportiva. Na propaganda o Senhor incentivou o torcedor a comprar produtos da Nestlé para trocar por um ingresso para os jogos envolvendo times paulistas na disputa do Campeonato Brasileiro.

Fiquei extremamente surpreso, pois o Senhor sempre foi contra a ida de torcedores aos estádios, já que os mesmos oferecem péssimas condições para atender ao torcedor. Muitas vezes o Senhor já xingou diversos torcedores de foma veemente por irem ao estádio ou levarem familiares aos jogos.

Do jeito que vi a propaganda apresentada pelo Senhor fiquei com a impressão de que ela foi totalmente contra os seus princípios e foi um total paradoxo. Gostaria que o Senhor respondesse o e-mail para esclarecer se mudou de opinião com relação à ida de torcedores ao estádio ou não.

Obrigado.

Alberto Silva Cerri


Prontifico-me a publicar neste blog a resposta de Flávio Prado (se houver).

segunda-feira, 24 de julho de 2006

Jornalismo é pra diplomados?

O grande colunista e blogueiro Juca Kfouri, na edição de domingo da Folha de SP, escreveu em sua coluna no caderno de Esporte sobre projeto de lei, defendido pela FENAJ - Federação Nacional dos Jornalistas -, que estende a obrigatoriedade do diploma para certas funções de jornalismo que até então não precisavam, como comentaristas esportivos, por exemplo.

Juca ainda aproveitou pra expor a sua indignação com a obrigatoriedade do diploma para qualquer exercício de jornalismo, citando figuras como Mino Carta, Alberto Dines e Clóvis Rossi para demonstrar que não fora necessário nenhum diploma para que esses viessem a ser excelentes jornalistas (apesar de Clóvis Rossi ser formado em jornalismo, como o próprio Juca Kfouri já corrigiu).

Abaixo segue na íntegra o email que enviei a ele, mostrando o meu ponto de vista com relação ao assunto. Para ler a coluna do Juca o qual faço referência, clique aqui. No entanto, voce vai precisar ser assinante da UOl ou da Folha para lê-la :(

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Primeiramente, quero dizer que sou um grande admirador de seus textos, tanto nas colunas da Folha quanto no seu Blog, que passei a frequentar assíduamente a partir da Copa do Mundo. O seu e o da Soninha foram os melhores (dos poucos) que encontrei sobre futebol.

No entanto, gostaria de falar sobre a sua coluna no caderno de Esporte de hoje, dia 23 de julho, 'As contradições do Patropi'. A obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercer a profissão já é antiga - apesar da recente liminar que derrubava essa norma -, mas vira e mexe, volta-se a discussão. Agora, com a nova proposta defendida pela FENAJ (ao meu ver, corporativista) de estender a obrigatoriedade do diploma para outras funções midíaticas, novamente o debate vem à tona.

Como graduando do curso de jornalismo, a princípio, sou defensor da obrigatoriedade do diploma, mas somente para algumas funções-chaves, como editor, repórter, pauteiro e outras que me fogem. Vejo a prática de jornalismo, não como um exercício tão-somente de liberdade de expressão - visão defendida por recente editorial da Folha de SP -, mas sim como uma função social, com o papel de trazer para a sociedade o resumo dos fatos, principalmente os de interesse publico, sob forma de informação de qualidade e isenta. E como um diploma universitário propiciaria ao jornalista essa capacidade?

Ao meu ver, o principal fator que a preparação em uma faculdade de jornalismo oferece são as matérias teóricas, como Filosofia, Sociologia de Comunicação, Teoria da Comunicação entre outras. Independentemente de serem aproveitadas adequadamente pelo aluno, elas pelo menos o faz pensar sobre o funcionamento da sociedade e os efeitos da comunicação sobre ela.


Essa reflexão com a qual o aluno se depara, ao menos, contribui para que o jornalista não vire um mero reprodutor de textos-padrões. A parte técnica, como escrever bem ou saber entrevistar, realmente, qualquer um pode aprender, independente de se ter um diploma.

Não quer dizer, claro, que um profissional sem diploma não terá uma postura crítica ou que um com diploma terá. Assim também como um médico formado pode ser um grande incompentente.

Sobre seu argumento de que grandes jornalistas como Mino Carta e Clóvis Rossis não possuem diploma para justificar a não necessidade do diploma, poderia se citar também maus jornalistas que não possuem o diploma para justificar a necessidade.

Bom, as minhas idéias sobre a questão estão expostas nestas palavras que lhes envio, aguardo alguma resposta, seja pessoal ou não, para que o debate não pare por aqui.

Abraços e continue o bom trabalho.

João Ricardo da Silva, 20, estudante do segundo ano da UNESP.

domingo, 23 de julho de 2006

O óbvio ululante

Confesso que eu não conhecia o significado da expressão que dá título a este texto. Conhecia apenas o "óbio lulante", expressão usada por José Simão para ensinar, em sua coluna na Folha de S. Paulo, o idioma "lulês". Pois bem, aprendi o significado original ao ler o livro de crônicas de Nelson Rodriguês sobre futebol chamado "A Pátria em chuteiras". Nelson usa o "óbvio ululante" diversas vezes para construiir suas narrativas.

Segundo o Novo Dicionário Aurélio, "óbvio" é o que salta à vista, que está diante dos olhos, manifesto, claro, patente. "Ululante" é o que grita produzindo um som plangente; o que está a ganir, uivar. Em outras palavras, o óbio ululante é o mais óbvio dos óbvios, o mais claro dos claros, algo que é impossível de não ser percebido.

Fiz todo esse rodeio para dizer que às vezes, ou melhor, muitas das vezes nós não vemos o óbvio ululante. Cheguei a esta conclusão após saber que o candidato ao governo do Estado de São Paulo, o senador Aloizio Mercadante (PT) viria fazer campanha na minha cidade natal: Suzano.

Como sou estudante de jornalismo fui acompanhar o evento para tentar entrevistar o senador. Cheguei à rua principal da cidade e Mercadante seguia pelas ruas cumprimentando, sorrindo e abraçando as pessoas na rua. Vários políticos de relevância nacional e local pegaram carona e vieram fazer campanha junto com Mercadante. Até aí tudo normal. Promessas, pessoas reclamando, pessoas felizes, palmas, etc.

Mas no meio de toda aquela gente que acompanhava a caminhada havia duas crianças que deveriam ter entre 10 e 15 anos. Enquanto uma cheirava cola, a outra fumava. E a poucos centímetros deles estavam políticos fazendo promessas.

O óbvio ululava! Olhem que discrepância! Mas ninguém fez nada! ninguém perguntou ao senador o que poderia ser feito com aquelas crianças, nenhum jornal escreveu uma linha sequer sobre esta discrepância, nenhum fotógrafo teve a idéia de tirar uma foto de Mercadante com as crianças ao fundo.

O óbvio até doía de tanto ulular, mas talvez por esse motivo, por ser uma coisa tão clara, as pessoas acabam não enxergando. As crianças estavam invisíveis no meio da multidão. A pobreza e a desigualdade social estavam dando exemplos concretos de suas existências, mas ninguém percebia.

Gostaria de terminar este texto com uma frase da música "Palmeira do Deserto" de André Abujamra: é complicado ser simples.

Pra que criar se eu posso copiar?

Se nada se cria e tudo se copia, copiemos direito então.

Na busca nos meus ultimos tempos por tentar ser sempre inovador nas idéias e nos atos, batia a cara na parede de frustrado por não conseguir inventar nada legal. Não conseguia inventar um nome de banda, de música, de blog inovador. Não achava uma pose pra foto de orkut inovadora. Nem idéias de camisetas inovadoras.

Bom, como da crise vem a evolução, foi aí que cheguei a uma solução, rima. Por que não se utilizar de algo que já foi criado? Tá certo que essa solução muita gente já encontrou antes, mas eu só a encontrei agora. Pronto, dois tiros em um coelho só, eu encontrava uma maneira de ser inovador, mesmo não sendo, de uma maneira bastante cômoda e agradável.

A prática, então, consiste em se utilizar de alguma idéia criada por alguém, mas que, necessariamente, seja pouco ou nada conhecido do público para o qual voce quer expor essa idéia. Assim, vai parecer que voce criou algo bem criativo.

Por exemplo, o próprio nome deste blog é 'copiado'. Certa vez li na Folha que estavam querendo criar o mercyzidane.fr. Até 10 segundos atrás, o site não havia sido criado, mas este blog já. E com um nome, pra mim, bem inovador para a proposta do blog.

O mérito está em remanejar uma idéia para um contexto apropriado. É por isso que muita gente prefere não contratar o cara mais criativo pra dirigir um setor da empresa, mas sim um cara que sabe aproveitar os criativos da melhor maneira possível - como o Roberto Justus justificou a demissão do Gustavo, no último Aprendiz.

Portanto, copie bastante. Mas, como já disse, copie coisas desconhecidas, porque senão vira clichê. Clichê é muito sem graça demais.

Mas aí reside a pergunta, o conflito ético: isso aí não seria roubar?

sábado, 22 de julho de 2006

Em quem mais doeu a cabeçada?

Se a história do futebol fosse um livro, o jogo de dois domingos atrás seria um capítulo inteiro.

Zidane foi o melhor jogador que já vi jogar nos meus vinte anos de vida. Se despediu, não como qualquer outro mortal, mas numa final de Copa do Mundo.

Imagino como seria se a cabeçada que acertou na prorrogação defendida pelo goleiro italiano entrasse. Seria endeusado. Não entrou.

O que entrou foi outra cabeçada, escorada por Materazzi.

Grande coisa, pra mim Zidane é rei.